O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) marcou 2025 com um dos maiores e mais robustos ciclos de modernização de sua trajetória. Com um investimento que se aproxima dos R$ 150 milhões, a instituição não apenas aprimorou a infraestrutura existente, mas também lançou as bases para uma expansão significativa da capacidade assistencial, com foco na rede de urgência e emergência.
O montante aplicado foi dividido em duas frentes cruciais: mais de R$ 30 milhões foram destinados à requalificação e modernização das unidades hospitalares e UPAs já em funcionamento, enquanto R$ 117 milhões foram alocados para dar início à construção de novas Unidades de Pronto Atendimento. Este esforço conjunto fortalece a capacidade de atendimento e prepara a rede pública para atender à crescente demanda do Distrito Federal.
Segundo Cleber Monteiro, presidente do IgesDF, o investimento transcende a mera ampliação estrutural. “Cada entrega representa cuidado, acolhimento e dignidade. Cada reforma, novo equipamento instalado e espaço renovado impacta diretamente a vida de pacientes e profissionais. Estamos investindo no futuro da saúde pública do DF”, afirma Monteiro, destacando a importância estratégica dos recursos.
Modernização e Requalificação Hospitalar Elevam Padrão de Atendimento
Ao longo do ano, hospitais de referência geridos pelo IgesDF passaram por um intenso processo de requalificação física. As intervenções abrangeram desde áreas administrativas até setores críticos da assistência, garantindo ambientes mais seguros e eficientes. No Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), por exemplo, enfermarias foram completamente reformadas, juntamente com setores vitais como a psiquiatria, o Centro de Investigação e Diagnóstico de Epilepsia e a Recuperação Pós-Anestésica.
O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) também foi beneficiado, com obras que transformaram a Central de Comando Operacional, a cozinha do refeitório e diversas enfermarias. A requalificação não se limitou à estética; ambientes foram adaptados para receber novos serviços e equipamentos, otimizando fluxos e melhorando a experiência geral do paciente.
Além das reformas pontuais, 2025 foi o ano de ampliação de espaços estratégicos. Projetos estruturantes avançaram, incluindo a modernização do pronto-socorro do HBDF e a criação de um setor de psiquiatria na UPA do Núcleo Bandeirante. Essas adequações são essenciais para expandir serviços especializados no HRSM e nas UPAs, com entregas programadas para 2026.
Tecnologia de Ponta e Preparação para 2026
A modernização da infraestrutura foi acompanhada por um robusto investimento em tecnologia. Hospitais e UPAs receberam uma série de equipamentos de alta complexidade, fundamentais para qualificar o diagnóstico e o tratamento. Entre os novos dispositivos estão monitores hemodinâmicos, mamógrafos e aparelhos de anestesia de última geração. Salas de tomografia foram reformadas para receber novas máquinas.
Projetos de maior envergadura, como a instalação de aceleradores lineares e novos tomógrafos, avançaram significativamente e estão em execução para serem entregues no próximo ano. Esses investimentos visam aumentar a resolutividade da rede, permitindo que os usuários do SUS tenham acesso a tratamentos complexos sem a necessidade de deslocamentos para outras unidades.
O vice-presidente do IgesDF, Rubens de Oliveira, enfatiza que o trabalho realizado em 2025 criou a fundação para o futuro. “Reorganizamos fluxos, destravamos processos e aceleramos entregas. Mas, principalmente, preparamos o terreno para 2026, com projetos ambiciosos como o novo centro cirúrgico do HBDF e ampliações estratégicas no HRSM e nas UPAs”, destaca Oliveira.
A Maior Expansão da Rede de Urgência do Distrito Federal
O ciclo de investimentos de R$ 117 milhões marcou o início da maior expansão da rede de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Distrito Federal. O IgesDF iniciou a construção de seis novas UPAs, que serão entregues ao longo de 2026 em regiões estratégicas: Sol Nascente/Pôr do Sol, Taguatinga Sul, Estrutural, Água Quente, Guará e Águas Claras.
Uma sétima unidade, prevista para Arapoanga, aguarda nova contratação após a desistência da empresa vencedora da licitação. Com a conclusão dessas obras, o Distrito Federal passará a operar com 20 UPAs, fortalecendo drasticamente a rede de urgência e emergência e garantindo que a população tenha acesso a atendimentos mais próximos de casa e mais resolutivos.
Adisson Gabriel Vieira, superintendente de Engenharia e Arquitetura do IgesDF, ressalta a complexidade e o alcance do trabalho: “Estivemos presentes em enfermarias, cozinhas, prontos-socorros e áreas técnicas. Cada entrega é resultado de engenharia, gestão e, acima de tudo, compromisso com quem depende do SUS”. A expansão das UPAs, finaliza o presidente Cleber Monteiro, é um “gesto concreto de respeito à vida”, estruturando a saúde pública que o DF necessita para as próximas décadas.



