Uma idosa de 68 anos foi agredida por um motorista de aplicativo na entrada de seu condomínio em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O crime ocorreu na quarta-feira (29) e foi registrado por câmeras de segurança.
As imagens mostram Maria de Fátima Silva Pires levando um chute nas costas logo após passar pelo portão do prédio. Segundo a vítima, o motorista teria se irritado porque ela estava comendo um biscoito dentro do carro.
O agressor já foi identificado e será intimado pela Polícia Civil a prestar esclarecimentos. A Uber baniu sua conta da plataforma e declarou que considera “inaceitável o uso de violência”.
Entenda o caso
Maria de Fátima havia chamado um carro de aplicativo após sair de uma consulta médica. Durante o trajeto, ela comeu um biscoito, o que teria motivado a fúria do motorista.
“Quando paramos no prédio, ele disse: ‘Agora você vai limpar o banco’. Fiquei impactada e saí sem responder. Então ele correu atrás de mim e me deu um chute nas costas. Eu caí no chão, estou com dores e meu lado direito comprometido”, relatou a vítima.
O porteiro do prédio ajudou Maria de Fátima e presenciou o momento em que o motorista aproveitou o portão aberto para entrar no local e cometer a agressão.
Investigação e consequências
O caso foi registrado na 12ª Delegacia de Polícia (Copacabana) como lesão corporal. Maria de Fátima fará exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML) nesta sexta-feira (31) para avaliar a gravidade das lesões.
Segundo o delegado Angelo Lages, a idosa já reconheceu o motorista, e sua identidade está confirmada. Além disso, o veículo utilizado não está registrado no nome do agressor, o que pode indicar um carro alugado ou emprestado.
Dependendo do laudo do IML, o suspeito poderá responder por lesão corporal grave ou gravíssima.
Reação da Uber e medidas tomadas
Em nota oficial, a Uber afirmou que a conta do motorista foi banida da plataforma assim que a empresa tomou conhecimento do caso. A empresa destacou que todas as viagens são cobertas por seguro e que está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.
A Uber também reforçou que possui um canal exclusivo para solicitação de dados em investigações criminais, operando 24 horas por dia, respeitando as leis de privacidade do país.
Vítima pede justiça e reforça a importância da denúncia
Apesar do trauma, Maria de Fátima afirmou que acredita na justiça e pediu que casos como esse não fiquem impunes. “Muitas mulheres não denunciam por medo, mas eu confio que a verdade prevalecerá”, declarou.
A agressão chocou moradores do bairro e reacendeu debates sobre segurança no transporte por aplicativo. A polícia segue investigando o caso para garantir que o agressor seja responsabilizado.
