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Homem que matou vizinho no DF usou arma do filho militar, diz polícia

Francisco evaldo de moura

Foto: Reprodução

Francisco Evaldo de Moura, de 56 anos, usou uma arma do filho, militar do Exército, para atirar contra seu vizinho durante uma discussão por estacionamento em Samambaia, no Distrito Federal. O crime ocorreu na quinta-feira (6) e resultou na morte de Adriano de Jesus Gomes, de 50 anos.

O suspeito se entregou à polícia na sexta-feira (7), após ficar 24 horas escondido na casa de parentes em São Sebastião. Em depoimento, ele alegou legítima defesa, mas os investigadores não aceitaram a justificativa.

O delegado Gleyson Mascarenhas, da 26ª Delegacia de Polícia, informou que Francisco está preso preventivamente e foi indiciado por homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.

Discussões anteriores entre os vizinhos

Francisco revelou à polícia que já havia tido um desentendimento anterior com Adriano há cerca de dois anos. Segundo ele, a vítima teria derrubado o portão de sua casa com uma van escolar.

Na época, não houve boletim de ocorrência, e o prejuízo foi pago parcialmente pela esposa de Adriano.

Na quinta-feira, o desentendimento recomeçou depois que Francisco estacionou seu carro ao lado da casa da vítima e percebeu que ele estava sujo com óleo do escapamento da van.

Francisco foi até a casa do vizinho, mas ninguém atendeu. Em seguida, ele voltou para sua residência, pegou a arma e aguardou a chegada de Adriano.

Momento do crime foi registrado por câmeras

Imagens de câmeras de segurança mostram o início da briga. Francisco, de blusa branca, discutia com Adriano e o filho da vítima, de 20 anos.

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Video: câmera de segurança

O vídeo mostra o suspeito recuando para o portão de casa, sacando a arma rapidamente e atirando. Pai e filho correram, mas Adriano foi atingido e não resistiu.

O jovem conseguiu escapar e se escondeu dentro de casa. Uma mulher, que também aparece nas imagens, não foi ferida.

Testemunhas relataram que Adriano possuía uma empresa de transporte escolar e estacionava um ônibus na rua, o que teria gerado incômodo para Francisco.

Uso da arma do filho militar

Francisco disse que a arma estava guardada no quarto do filho, que é cabo do Exército há sete anos. O uso do armamento foi um dos fatores que levaram à sua acusação por posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.

A polícia segue investigando o caso para esclarecer mais detalhes do crime e verificar a situação legal da arma utilizada.

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