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Gripe aviária: Mapa rastreia ovos e descarte preventivo evita riscos

**Gripe aviária: 450 toneladas de ovos descartadas preventivamente** Após caso de influenza aviária em granja gaúcha, Mapa rastreia ovos enviados a MG, PR e RS e determina descarte preventivo para evitar riscos, apesar de não haver contaminação confirmada. Restrições comerciais seguem em vigor.
Descarte preventivo gripe aviária ovos
Foto: Luiz Agner/IBGE

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou o rastreamento completo de ovos destinados à incubação, provenientes de uma granja em Montenegro, Rio Grande do Sul, onde foi detectado o primeiro caso de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) no país. Esses ovos foram enviados para incubatórios em Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Como medida preventiva, e seguindo o plano de contingência para influenza aviária e doença de Newcastle, o Mapa determinou o descarte dos ovos.

Descarte Preventivo de Ovos

Em Minas Gerais, por exemplo, foram descartadas 450 toneladas de ovos fecundados e materiais relacionados. O governo mineiro justificou a ação em comunicado oficial, afirmando que a medida se mostrou necessária para manter o controle sanitário, alinhada aos planos prévios para situações similares, garantindo a contenção e erradicação da doença, além de preservar a capacidade produtiva do setor avícola. É importante destacar, no entanto, que o Mapa enfatiza a ausência de comprovação de contaminação nos ovos e assegura a adoção de todas as medidas necessárias para proteger a avicultura nacional.

Impacto da Gripe Aviária na Indústria Avícola Brasileira

A confirmação do primeiro caso de IAAP em um aviário comercial no Rio Grande do Sul, ocorrida nesta semana, desencadeou uma série de consequências para o setor. Embora a doença não seja transmitida ao homem pelo consumo de carne ou ovos, como esclareceu o Mapa em nota oficial, a notícia gerou impactos significativos nas exportações brasileiras. Imediatamente após o anúncio, a China, a União Europeia e a Argentina suspenderam as importações de carne de frango brasileira, inicialmente por 60 dias. Apesar do foco da contaminação ser regional, as restrições comerciais impostas pela China e pela União Europeia abrangem todo o território nacional, devido a cláusulas presentes nos acordos comerciais firmados com o Brasil.

Ainda assim, vale ressaltar que a OMS monitora a IAAP globalmente desde 2006, registrando casos em várias regiões, principalmente na Ásia, África e norte da Europa. Portanto, a situação atual no Brasil se insere em um contexto internacional de vigilância constante em relação a essa doença.

Medidas de Prevenção e Controle

Além do descarte preventivo de ovos, outras medidas estão em vigor para conter o avanço da influenza aviária no Brasil. O Mapa, além de coordenar o rastreamento dos ovos e a sua destinação final, está atuando em conjunto com os governos estaduais para garantir a implementação efetiva do plano de contingência. Essa estratégia abrange ações de biossegurança nas granjas, monitoramento constante das aves e a adoção de medidas sanitárias rigorosas para evitar a propagação do vírus. A cooperação entre os diferentes níveis de governo e a transparência das informações são fundamentais para minimizar os impactos econômicos e sanitários da epidemia.

Em conclusão, a detecção do primeiro caso de IAAP no Brasil acionou um sistema de resposta rápida e eficiente, com foco na prevenção e contenção do vírus. Apesar das restrições comerciais temporárias, as medidas adotadas pelo Mapa e pelos governos estaduais demonstram o compromisso com a segurança sanitária e a proteção da avicultura nacional.