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Governador do RJ denuncia ataques de traficantes contra civis na Avenida Brasil

Claudio Castro Governador do Rio de Janeiro

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, fez declarações contundentes nesta quinta-feira (24) sobre os recentes ataques de traficantes na Avenida Brasil. Durante uma coletiva de imprensa, ele informou que criminosos dispararam intencionalmente contra motoristas e passageiros após uma operação da Polícia Militar na comunidade do Complexo de Israel, na Zona Norte.

Ação Policial e Reação do Tráfico

De acordo com o governador, a operação tinha como objetivo combater o roubo de veículos e cargas, além de atender a uma solicitação de uma empresa telefônica que enfrentava problemas de sinal na região. “A inteligência disse que chegamos muito perto do líder da facção. Para dissipar a polícia, eles resolveram atirar deliberadamente nas pessoas”, explicou Castro.

A ação resultou na morte de três pessoas e deixou duas feridas. “Essas pessoas não foram vítimas de troca de tiros. Elas foram assassinadas pelo tráfico de drogas”, afirmou o governador. Ele enfatizou que a Polícia Militar tinha o dever de proteger os cidadãos e, por isso, tomou a decisão de recuar durante a situação crítica.

Críticas e Responsabilidade

O governador também responsabilizou o governo federal pela entrada de armamentos e drogas no estado. Ele destacou que, somente neste ano, o Rio de Janeiro apreendeu 540 fuzis e 55 toneladas de drogas. “Estamos lidando com tráfico internacional de armas e drogas. Isso é competência federal, e precisamos da colaboração do governo federal para garantir a efetividade do nosso trabalho”, ressaltou.

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) criticou a operação, afirmando que as mortes foram resultado de “incompetência estatal”. A nota da comissão destacou que a operação foi mal planejada e resultou em mais danos do que benefícios para a comunidade.

Impacto na População

Os deputados questionaram a eficácia das operações policiais que, segundo eles, apenas geram mais violência. A CDDHC destacou que, além das mortes, houve a prisão de apenas uma pessoa e a apreensão de duas granadas durante a operação. “As ruas foram fechadas e o direito de ir e vir de milhares de cidadãos foi prejudicado”, afirmaram os membros da comissão.

Avanços e Desafios

Embora a Polícia Militar tenha feito um esforço considerável para combater o tráfico de drogas, a resposta violenta do crime organizado indica que os desafios permanecem significativos. Cláudio Castro enfatizou a necessidade de uma abordagem integrada, que inclua tanto a segurança pública quanto políticas de prevenção e educação para lidar com a criminalidade de maneira eficaz.

O governador concluiu destacando que o estado continuará a enfrentar o tráfico com determinação e buscará parcerias com as autoridades federais para fortalecer o combate ao crime organizado. “É fundamental que trabalhemos juntos para proteger nossa população e garantir um futuro mais seguro para todos”, finalizou Castro.

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