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Gordura no fígado: condição silenciosa que afeta milhões de pessoas

Acúmulo de gordura no fígado pode levar a complicações graves se não tratado
Senhora loira com cabelso cacehados
Foto: Freepik

A gordura no fígado, também conhecida como esteatose hepática, é uma condição cada vez mais comum e que pode passar despercebida por anos. Muitas vezes, os sintomas só aparecem em estágios avançados da doença, dificultando o diagnóstico precoce.

A esteatose ocorre quando há um acúmulo excessivo de gordura nas células do fígado, podendo ser causada por fatores como má alimentação, consumo excessivo de álcool, obesidade e doenças metabólicas. Quando não tratada, pode evoluir para inflamação hepática, fibrose e até cirrose.

Causas e fatores de risco

A gordura no fígado pode se manifestar de duas formas: esteatose hepática alcoólica, relacionada ao consumo de álcool, e não alcoólica, que tem origem em hábitos alimentares inadequados e outras condições de saúde.

Entre os principais fatores de risco estão:

Obesidade e sobrepeso – quanto maior o peso, maior a probabilidade de desenvolver a doença.
Diabetes tipo 2 e resistência à insulina – o desequilíbrio na regulação do açúcar no sangue pode aumentar o acúmulo de gordura no fígado.
Colesterol e triglicerídeos elevados – níveis altos dessas substâncias no sangue favorecem a deposição de gordura no órgão.
Hipertensão arterial – a pressão alta pode estar associada a problemas metabólicos que impactam o fígado.
Perda de peso rápida e dietas restritivas – mudanças bruscas no metabolismo podem afetar a função hepática.
Uso de certos medicamentos – alguns remédios para câncer, pressão alta e outras condições podem contribuir para o desenvolvimento da esteatose.

Sintomas e diagnóstico

Na maioria dos casos, a esteatose hepática não apresenta sintomas perceptíveis. Porém, em estágios mais avançados, podem surgir sinais como:

🔹 Dor ou desconforto abdominal no lado direito.
🔹 Fadiga constante e fraqueza.
🔹 Icterícia (pele e olhos amarelados).
🔹 Inchaço nas pernas e abdômen.
🔹 Coceira na pele e confusão mental, nos casos mais graves.

O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue, ultrassonografia, tomografia computadorizada e, em alguns casos, biópsia hepática.

Prevenção e tratamento

A melhor forma de evitar a gordura no fígado é manter hábitos saudáveis. Veja algumas recomendações:

Alimentação equilibrada – prefira alimentos ricos em fibras, proteínas magras e gorduras saudáveis.
Redução do consumo de álcool – o álcool é um dos principais vilões para a saúde do fígado.
Prática de atividades físicas – exercícios ajudam a reduzir a gordura corporal e melhorar a função hepática.
Controle do peso – evitar obesidade reduz significativamente o risco da esteatose hepática.
Monitoramento médico regular – check-ups frequentes ajudam a detectar problemas antes que evoluam para quadros graves.

Conclusão

A gordura no fígado pode ser silenciosa, mas seus impactos na saúde são significativos. Por isso, manter um estilo de vida saudável e realizar exames regulares é fundamental para evitar complicações. Se diagnosticada precocemente, a condição pode ser revertida com mudanças na alimentação, exercícios físicos e controle de doenças associadas.