“A adoção é importante para que o animal possa ter um local adequado para desenvolver suas habilidades naturais, ter uma nova chance de vida, carinho”, destaca Fernanda Oliveira, diretora de Fiscalização de Trânsito da Seagri
Mais de 50 cavalos e mulas abandonados pelas ruas do Distrito Federal ganharam um lar em 2021. A ação foi motivada pelo projeto Adote um Animal, da Secretaria de Agricultura do DF (Seagri). Este ano, até o momento, 34 animais de porte grande, na maioria equinos, estão prestes a ser beneficiados com a iniciativa.
A ação garante segurança e bem-estar para as espécies que circulam soltas por aí e não são reclamadas pelos donos no prazo de 30 dias. O objetivo é incentivar a prática de adoção e contará com parceria da prefeitura de Luziânia (GO).
“A adoção é importante para que o animal possa ter um local adequado para desenvolver suas habilidades naturais, ter uma nova chance de vida, carinho”, destaca a diretora de Fiscalização de Trânsito da Seagri, Fernanda Oliveira. “E para o governo é relevante porque abre-se nova vaga para acolhimento de outros animais abandonados.”
Desde 2020 em vigor, o projeto permite que pessoas físicas e jurídicas adotem animais de grande porte recolhidos pela Seagri. Não importa se os interessados na adoção sejam moradores do DF ou residentes em outros estados. Para participar da ação, basta seguir alguns passos, como o preenchimento de formulário de cadastro e o termo de responsabilidade, documentos disponíveis no site da Seagri.
“Temos capacidade de abrigo limitada desses animais e o custo da manutenção por longo tempo representa uma despesa alta para o Estado. Por isso estamos buscando parcerias com o Entorno para aumentar o fluxo de doação dos animais”, esclarece a subsecretária da Seagri, Danielle Araújo
Experiência positiva
Foi o que fez, no final de 2020, o empresário Fernando Veloso, 60 anos. Na época, ele se surpreendeu ao saber que o Governo do Distrito Federal (GDF) oferecia esse tipo de serviço e foi atrás de informações na Secretaria de Agricultura. Acabou adotando quatro cavalos, que mantém numa propriedade rural próximo à cidade de Planaltina.
“Hoje isso já é moda, mas na época só o GDF tinha um programa como esse de adoção de animais no país”, lembra Fernando, que fez o cadastro e, em 90 dias, já podia resgatar os animais. “Eles estavam bem magros; cuidei direitinho e valeu muito a pena, porque os bichos ficaram muito felizes, correndo soltos, uma coisa inacreditável.”
No ano passado, 55 animais foram adotados. No momento, cerca de 86 animais se encontram no curral da Seagri, localizado no final da Asa Norte. Lá, recebem comida e tratamento veterinário até serem adotados. O custo médio de cada animal gasto pelo órgão é de R$ 1 mil mensais.
Em 2020, 147 animais foram recolhidos nas vias públicas do DF. Em 2021, esse número saltou para 250. “Eles são trazidos para cá, evitando que fiquem soltos pelas ruas e sejam atropelados”, comenta o gerente de Apreensão de Animais da Seagri, Ralf Rabethge.
Parceria com o Entorno
Para agilizar a adoção dos animais, a Secretaria de Agricultura está prestes a formalizar uma parceria com a prefeitura de Luziânia (GO). Na prática, a Seagri vai disponibilizar o transporte dos cavalos até a cidade e o governo municipal se encarregará de operacionalizar as adoções entre os interessados. A ideia é doar os equinos para produtores rurais com condições adequadas para manter os bichos. Dez deles já têm casa garantida.
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“Temos capacidade de abrigo limitada desses animais, e o custo da manutenção por longo tempo representa uma despesa alta para o Estado. Por isso estamos buscando parcerias com o Entorno também para aumentar o fluxo de doação dos animais”, esclarece a subsecretária da Seagri, Danielle Araújo. “Além da satisfação pessoal, adotar esses animais faz parte do compromisso de cada cidadão”, compartilha o empresário Fernando Veloso.
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