O secretário de Relações Internacionais do Distrito Federal, Paco Britto, foi o entrevistado desta quinta-feira (15) do podcast GDF de Ponto a Ponto, da Agência Brasília. Na ocasião, Britto elencou as ações da pasta para atrair investimentos para o DF. Destaque especial para a ampliação da oferta de voos diretos de Brasília para o exterior.
“Estamos trabalhando para abrir mais três ou quatro destinos. Agora nossa meta é abrir para a África e também para a Europa. Estamos trabalhando junto com a Embaixada da Itália e com o governo federal para poder trazer um voo direto da Itália para o Brasil”, adiantou o secretário.
Hoje, sete cidades estrangeiras têm voos diretos a partir do Aeroporto Internacional de Brasília: Lisboa (Portugal), Cidade do Panamá (Panamá), Miami e Orlando (Estados Unidos), Buenos Aires (Argentina), Lima (Peru) e Santiago (Chile). Em outubro, será inaugurada a rota para Bogotá, na Colômbia e, em dezembro, para Cancún, no México.
A abertura de novos voos, Britto enfatizou, “é importante para girar a economia” ao atrair turistas para a capital. “Você gira o comércio, você gira bares e restaurantes, você gira hotel. Consequentemente, com tudo isso, entram recursos para o DF. Você movimenta o aeroporto, movimenta toda a cadeia produtiva. Movimenta a agricultura, porque tem que fazer o pão, tem que ter carne, tem que ter tudo, então você movimenta toda a cadeia.”
Parcerias
Criada em 2023, a secretaria também tem por objetivo ampliar o diálogo com as representações diplomáticas presentes em Brasília para atrair investimentos econômicos e culturais para a capital. “Temos aqui 140 embaixadas e os países estão aqui, os recursos estão nas embaixadas. É só você saber pedir. Então é mais fácil nós trabalharmos aqui dentro. Nós estamos fazendo esse complemento para entregar para a população o que é necessário, não só na infraestrutura, nos voos, mas também na cultura. Levar a cultura para a população que não conhece a cultura de outros países”, pontuou Paco Britto.
O secretário também explicou como funciona o processo para conseguir financiamentos de governos estrangeiros. “Nós fizemos um book, tem o eletrônico também, que nós mandamos a maior parte dos projetos de interesse do Distrito Federal para todas as embaixadas. É o primeiro passo. E nós esperamos, agora, que os bancos internacionais e os fundos soberanos — que aportam dinheiro sem contrapartida — falem: ‘Tenho interesse nesse projeto ou nesse projeto’”, disse. “Eu tenho que apresentar um leque de opções e o país fala: ‘Eu quero esse’. O que nós podemos dar, sim, é a garantia jurídica de que o que foi contratado será entregue”, acrescentou.
Rede de cidades
Paco Britto falou ainda sobre o intercâmbio de informações com outras cidades do mundo, por meio de uma rede de integração. “São trocas de experiências que já acontecem, de cases de sucesso que nós trazemos para o Distrito Federal.” Como parte dessa rede, o DF tem um acordo de cooperação técnica com a República Dominicana e um acordo de irmanação com a capital portuguesa, Lisboa.
Entre os conhecimentos adquiridos junto a outros países estão lições para a segurança e para a mobilidade. Por isso, o secretário apontou a importância da integração da Serinter com outras pastas e órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), e ressaltou que os principais beneficiados com todas as medidas são os moradores da capital: “Você beneficia não o Distrito Federal, mas a população do Distrito Federal”.
Fonte: Agência Brasília