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GDF, Bangladesh e Unesco celebram Dia Internacional da Língua Materna

“O Distrito Federal se orgulha dessa data, pois abrigamos em nosso território mais de 130 representações diplomáticas, representantes das mais diversas raízes linguísticas”, destaca a chefe do Escritório de Assuntos Internacionais do Governo do Distrito Federal (EAI/GDF), Renata Zuquim

A Embaixada de Bangladesh no Brasil realizou, nesta segunda-feira (21), um evento em celebração ao Dia Internacional da Língua Materna. A chefe do Escritório de Assuntos Internacionais do Governo do Distrito Federal (EAI/GDF), Renata Zuquim, participou da cerimônia online, que também contou com a presença da diretora e representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto.

Apesar de a data ser reconhecida internacionalmente, foi o esforço do povo bengalês em manter sua língua materna que, por meio da Unesco, oficializou a comemoração. Presente no evento, o embaixador Shabbir Agmat, secretário para o Ocidente, do Ministério de Relações Exteriores de Bangladesh, fala sobre o movimento linguístico de 1952. “Não foi apenas um apelo para estabelecer os direitos de falar na língua materna — foi muito mais do que isso. Foi a confiança que tornou nosso povo consciente de sua existência como nação”, enfatiza.

Reprodução de transmissão de evento online

Para Zuquim, a variedade de idiomas existentes é uma evidência de nossas origens. “O Distrito Federal se orgulha dessa data, pois abrigamos em nosso território mais de 130 representações diplomáticas, representantes das mais diversas raízes linguísticas”, destaca.

Na ocasião, a embaixadora de Bangladesh no Brasil, Sadia Faizunessa, agradeceu ao GDF por apoiar o evento e falou sobre a experiência do país em relação à aprendizagem multilíngue. “Bangladesh promove o multilinguismo para preservar as línguas e usa tecnologias para isso. Essa é a importância das tecnologias de informação e comunicação em todas as esferas”, relata. Segundo ela, o país tem o objetivo de reduzir a divisão tecnológica e as desigualdades na educação, em parceria com a Unesco, para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

A representante da Unesco concorda. “É importante reconhecer que o multilinguismo pode promover a inclusão, contribuir para a educação e para a realização dos ODS, para que ninguém fique para trás”, diz. Noleto acredita que “é nosso dever preservar e manter a importância das diferentes línguas, que são o cerne da diversidade, mas também fazem parte da imensa riqueza do mundo”, reitera.

Segundo ela, “a cada duas semanas uma língua desaparece, levando consigo toda uma cultura e herança”. Sobre o tema de 2022 do Dia Internacional da Língua Materna, “Utilização da tecnologia para a aprendizagem multilinguística: Desafios e oportunidades”, Marlova acredita que o uso de tecnologias aumenta o potencial para promover a educação multilíngue em apoio ao ensino e aprendizagem de qualidade para todos.

Convidados

Além das autoridades citadas, participaram do evento o coordenador-chefe do Comitê de Celebração do Pai da Nação, Mujibur Rahman Bangabandhu; a embaixadora da França no Brasil, Brigitte Collet; o embaixador do Sri Lanka no Brasil, Sumith Dassanayake; o embaixador do Reino Unido no Brasil, Peter Wilson; e o boliviano Eddie Avila, vencedor do primeiro Prêmio Internacional de Língua Materna.

Ao final da programação, o público assistiu a apresentações culturais de Bangladesh, Brasil, Argentina, Cuba, Egito e Jamaica.

*Com informações do Escritório de Assuntos Internacionais do Governo do Distrito Federal (EAI/GDF)

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