Extensão do contrato reforça produção estratégica
A plataforma de petróleo Cidade de Angra dos Reis, um marco na exploração do pré-sal brasileiro, terá sua vida útil estendida até 2030. A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (22) a prorrogação do contrato de afretamento e prestação de serviços do FPSO (Floating Production Storage and Offloading), que opera no Campo de Tupi, na Bacia de Santos.
Desde 2010, o navio-plataforma desempenha papel crucial na produção de petróleo e gás natural no Brasil. Com capacidade para produzir mais de 50 mil barris de petróleo por dia, a unidade é um exemplo de inovação e eficiência no setor energético.
“A celebração destes aditivos reforça o compromisso da Petrobras e de seus parceiros com a continuidade e expansão de suas operações no campo de Tupi”, declarou a estatal em comunicado oficial.
Modernização e sustentabilidade
A extensão do contrato permitirá adequações que aumentem a confiabilidade e eficiência da plataforma. As melhorias incluem reforços para garantir a segurança das operações e reduzir emissões de gases do efeito estufa, alinhando-se ao Plano de Negócios 2025-2029 da Petrobras.
O descomissionamento do FPSO está previsto para 2030, quando o campo atingir o limite econômico de produção. Nesse processo, as instalações serão desativadas de forma segura e sustentável, respeitando as regulamentações ambientais.
A importância do pré-sal na economia brasileira
A entrada em operação da Cidade de Angra dos Reis marcou o início de uma nova era para o setor de petróleo no Brasil. O pré-sal, localizado a profundidades de 5 mil a 7 mil metros, tornou-se a principal fonte de petróleo do país, impulsionando a economia nacional.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 2024, o Brasil produziu 36,9 milhões de barris por dia, dos quais 71,5% foram extraídos do pré-sal. No segundo semestre, esse número subiu para 80,3%, consolidando o pré-sal como o principal responsável pelo aumento da produção brasileira.
Além da Bacia de Santos, há produção significativa na Bacia de Campos, localizada no litoral do Rio de Janeiro e Espírito Santo, reforçando o papel estratégico da costa sudeste para o setor energético.
Consórcio de Tupi e parcerias estratégicas
O Campo de Tupi é operado por um consórcio formado por grandes players da indústria energética: Petrobras (67,216%), Shell (23,024%), Petrogal (9,209%) e Pré-Sal Petróleo (PPSA), que representa o governo brasileiro com 0,551%.
Essa parceria garante a troca de tecnologia e expertise entre as empresas, além de fortalecer o Brasil como referência global na exploração do pré-sal.