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Fiocruz e UFMG ampliam centro de vacinas por autonomia nacional

Fiocruz e UFMG firmam cooperação para expandir o Centro Nacional de Vacinas em BH, visando a autonomia do Brasil na produção de imunobiológicos e fármacos.
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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) selaram um acordo estratégico visando à expansão do Centro Nacional de Vacinas (CN Vacinas), sediado no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC). Esta importante cooperação, de fato, representa um marco para o país, com o objetivo primordial de fortalecer a autonomia do Brasil na produção de imunobiológicos e fármacos essenciais para a saúde pública.

Origem e Missão do CN Vacinas

Estabelecido em 2016, o CN Vacinas constitui uma iniciativa vital dentro da estratégia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Primeiramente, ele transformou o antigo Centro de Tecnologia de Vacinas da UFMG em um polo de excelência focado em pesquisas biotecnológicas e inovação no campo dos imunobiológicos. Dessa forma, a expansão atual reforça seu papel central no cenário científico e tecnológico nacional.

Fortalecendo a Soberania em Saúde

O convênio firmado com a Fiocruz busca, acima de tudo, potencializar a capacidade do país para atender às demandas de autonomia e soberania tecnológica. Isso abrange não apenas a pesquisa, mas também a testagem e a produção de vacinas em larga escala. Além disso, a iniciativa visa intensificar o desenvolvimento de kits de diagnóstico precisos e de fármacos cruciais. Consequentemente, este avanço terá um impacto direto e positivo no Sistema Único de Saúde (SUS) e contribuirá substancialmente para o desenvolvimento socioeconômico brasileiro.

Visão da Fiocruz sobre Autonomia

Mário Moreira, presidente da Fiocruz, ressaltou a natureza abrangente do projeto, afirmando que ele transcende os interesses individuais das instituições envolvidas. Ele explicou que este é, antes de tudo, “um projeto de autonomia e de soberania no tempo em que se discute a redução da vulnerabilidade com relação a tecnologias e produtos desenvolvidos no exterior”. Posteriormente, Moreira acrescentou que a pandemia de COVID-19 demonstrou claramente a necessidade premente de o Brasil ter “mais altivez na discussão e elaboração de políticas públicas”, evidenciando a urgência de tal empreendimento.

A Relevância para a UFMG e o País

Por sua vez, a reitora da UFMG, Sandra Goulart de Almeida, enfatizou a importância fundamental desta cooperação com a Fiocruz, tanto para a universidade quanto para o progresso da pesquisa na área da saúde. Ela descreveu a iniciativa como um “projeto de Estado”, cuja meta é atender às necessidades mais críticas do país. De fato, a reitora afirmou que a relevância e a necessidade desse tipo de projeto foram inequivocamente comprovadas pelos desafios impostos pela pandemia, reforçando o caráter essencial da parceria.

O Impacto da Parceria na Saúde Pública

Em suma, a ampliação do CN Vacinas, por meio desta parceria estratégica entre Fiocruz e UFMG, representa um avanço significativo para a ciência e a saúde pública no Brasil. Ao unir a vasta experiência da Fiocruz, uma referência em saúde, com a reconhecida capacidade de pesquisa e inovação da UFMG, o país consolida sua posição na vanguarda do desenvolvimento de soluções em saúde. Adicionalmente, esta sinergia entre instituições federais é esperada para catalisar a produção nacional de insumos estratégicos, diminuindo a dependência externa e, assim, fortalecendo a segurança sanitária nacional de forma duradoura. Portanto, esta iniciativa não apenas responde a demandas imediatas, mas também pavimenta o caminho para um futuro mais resiliente e autossuficiente em saúde para toda a população brasileira.