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Fila de Transplante de Rim Cresce no Brasil: Entenda os Desafios e Soluções

Aumento de casos de doença renal crônica impulsiona a demanda por transplantes, mas avanços oferecem esperança aos pacientes.
Pacientes fazendo hemodiálise
Foto Reprodução / Acervo pessoal

O Brasil enfrenta um desafio crescente no setor de transplantes renais. Atualmente, 42 mil pessoas aguardam por um rim compatível, representando 92% da fila nacional por órgãos. Esse cenário é resultado do aumento de 57,6% nos casos de doença renal crônica desde 2014.

Causas do Crescimento

Doenças como diabetes e hipertensão são as principais causas de falência renal. Além disso, a baixa taxa de doadores compatíveis, aliada à falta de conscientização sobre a doação de órgãos, agrava a situação.

Histórias de Superação

Wagner Ganzaroli, motorista de 53 anos, faz hemodiálise três vezes por semana há um ano. Diagnosticado com rins policísticos, descobriu a doença ao tentar doar um rim para sua mãe. “O transplante representaria liberdade”, afirma.

Avanços e Desafios

Em 2024, o Brasil realizou 6,3 mil transplantes renais, um recorde. No entanto, a fila ainda é extensa. A diálise peritoneal, que permite tratamento em casa, é subutilizada, com apenas 3,4% dos pacientes optando por essa modalidade. Especialistas acreditam que esse número poderia chegar a 30% com maior conscientização.

Alternativas e Esperança

O professor Camilo Lopes recebeu o rim de sua irmã em 2016, após 10 meses de hemodiálise. No entanto, uma infecção por Covid-19 em 2021 causou nova falência renal. Atualmente, ele realiza a diálise peritoneal, enquanto aguarda um novo transplante.

Conclusão

O aumento na conscientização sobre a doação de órgãos e o incentivo à diálise peritoneal são essenciais para reduzir a fila de espera. O transplante renal representa a esperança de uma vida plena para milhares de brasileiros.