Edição Brasília

Exercícios físicos são aliados na prevenção e no tratamento do câncer

Prática regular reduz riscos, melhora a qualidade de vida e ajuda na recuperação, segundo recomendações do Instituto Nacional de Câncer (Inca)
Atividades Físcias ao Ar livre no Parque da cidade em Basília
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Atividade física como ferramenta de prevenção

O Instituto Nacional de Câncer (Inca), órgão vinculado ao Ministério da Saúde, reforça a importância dos exercícios físicos na prevenção e controle do câncer. Em comunicado divulgado recentemente, o instituto destacou que a prática regular de atividades pode reduzir os riscos de cânceres como os de mama, próstata, cólon e reto, além de melhorar a saúde física e mental.

Segundo o especialista Fábio Carvalho, integrante da área de Alimentação, Nutrição, Atividade Física e Câncer do Inca, a prática de exercícios beneficia pacientes em diferentes fases da doença. “Manter o corpo em movimento reduz a mortalidade específica por alguns tipos de câncer e ajuda no controle de sintomas, como a fadiga oncológica, além de melhorar o sono e o estado psicossocial dos pacientes”, explica.

Benefícios vão além da prevenção

Os exercícios também têm papel essencial durante e após o tratamento oncológico. Para Carvalho, a atividade física é segura e eficaz quando adaptada às condições de cada paciente, sendo recomendável o acompanhamento de profissionais de educação física ou fisioterapeutas.

A prática diária não precisa ser complexa. Atividades simples, como caminhar, evitar o uso do carro para percursos curtos ou realizar tarefas domésticas, já oferecem benefícios. “Mesmo sem acesso a academias ou especialistas, adotar hábitos fisicamente ativos é uma forma viável de colher os benefícios dos exercícios”, sugere Carvalho.

Dados alarmantes reforçam a importância da prevenção

O câncer é uma das principais causas de mortalidade no Brasil. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o país registrará, em média, 704 mil novos casos anuais de câncer até 2025, com maior concentração nas regiões Sul e Sudeste. Em 2021, o câncer de mama foi responsável por 18.139 mortes entre mulheres, enquanto o câncer de próstata causou 16.300 óbitos entre os homens.

Diante desses números, o Inca destaca a necessidade de políticas públicas que promovam a prática de atividades físicas. Muitas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) já oferecem programas de exercícios gratuitos, acompanhados por profissionais capacitados.

Adaptação e supervisão garantem mais segurança

Para pacientes em tratamento, é essencial que a equipe de saúde esteja ciente da inclusão de exercícios na rotina. “A atividade física pode ser feita de forma segura, mas deve ser ajustada às condições do paciente”, ressalta Carvalho.

Além disso, quem tem acesso a atividades supervisionadas, como corridas monitoradas ou aulas em academias, pode obter ainda mais benefícios. No entanto, mesmo sem essas opções, movimentos simples no dia a dia podem fazer a diferença.

O posicionamento do Inca reforça que adotar hábitos fisicamente ativos é um passo importante para prevenir o câncer, enfrentar o tratamento e melhorar a qualidade de vida de sobreviventes.