O Museu Nacional da República (MUN) vai ampliar a visibilidade e possibilidades de seu acervo. Já foi publicado edital para selecionar dois curadores para trabalho de residência e pesquisa em sua coleção de mais de 1.300 peças. A iniciativa é parte de acordo de cooperação técnica entre a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), gestora do MUN, e a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
“Criamos essa seleção partindo da premissa de que o acervo do MUN é uma questão pública de interesse coletivo, que merece ser pesquisado e analisado criticamente”, explica a diretora Sara Seilert
O edital foca em dois perfis de curadoria, que devem gerar exposições programadas para 2023. Um tratará de diálogos com a contemporaneidade a partir de olhar decolonial e sintonizado com debates sobre relações de gênero, étnico-raciais e alteridades sub-representadas ou ausentes nos discursos hegemônicos.
Outro perfil deverá ser capaz de promover mediações entre artes plásticas, visuais e a própria arquitetura, como o edifício do MUN, projeto de Oscar Niemeyer previsto nos planos de Lúcio Costa para a capital e inaugurado em 2006. Em formato de oca, faz parte do Conjunto Cultural da República na Esplanada dos Ministérios, próximo à Rodoviária.
“Criamos essa seleção partindo da premissa de que o acervo do MUN é uma questão pública de interesse coletivo, que merece ser pesquisado e analisado criticamente”, explica a diretora Sara Seilert. “Mapeamos a reserva técnica e agora queremos convidar olhares diversos em uma proposta de ativação e ampliação das potencialidades deste patrimônio”, complementa.
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Inscrição
As inscrições ficam abertas até 27 de fevereiro e podem ser feitas pelo e-mail [email protected].
A divulgação do chamamento público encoraja a candidatura de “pesquisadoras/es negras/os, indígenas, pessoas cis, trans e outros”. Interessados devem enviar currículo e portfólio comprovando experiência na área. A seleção será realizada por comissão composta por membros do MUN, Unesco e sociedade civil.
“A formulação do edital levou em consideração a necessidade de integração do museu à cidade. É importante que a função social do MUN seja sempre colocada em perspectiva e a institucionalização da pesquisa é um fator essencial para isso”, arremata a gestora do Programa de Pesquisa do Museu Nacional da República, Maíra Rangel.
*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF
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