Edição Brasília

Dólar cai para R$ 6,04 no dia da posse de Donald Trump

Bolsa de valores avança 0,41% e se aproxima dos 123 mil pontos, com destaque para ações de bancos e petroleiras
Dolar
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Arquivo

Dólar encerra em queda após início de alta

Nesta segunda-feira (20), dia da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, o dólar comercial fechou em queda, cotado a R$ 6,041, com recuo de 0,4%. A moeda norte-americana chegou a alcançar R$ 6,09 pela manhã, mas perdeu força após a abertura do mercado dos Estados Unidos e fechou no vermelho.

Essa foi a primeira queda da moeda após dois dias de alta. No acumulado de janeiro, o dólar registra uma desvalorização de 2,25%, refletindo movimentos globais e ações específicas do Banco Central brasileiro.

Bolsa avança com destaque para bancos e petroleiras

A bolsa de valores brasileira também teve um dia de recuperação. O Ibovespa, principal índice da B3, subiu 0,41%, encerrando aos 122.855 pontos. Essa foi a segunda sessão consecutiva de alta, impulsionada principalmente pelas ações de bancos e empresas do setor de petróleo.

A melhora no mercado acionário foi acompanhada por um cenário internacional mais calmo, com o discurso de posse de Trump não trazendo surpresas negativas para os mercados emergentes. A ausência de detalhes sobre possíveis novas tarifas comerciais beneficiou moedas e bolsas de países em desenvolvimento.

Banco Central intervém no câmbio

No Brasil, a queda do dólar foi reforçada por uma intervenção do Banco Central (BC), que vendeu US$ 2 bilhões das reservas internacionais com compromisso de recompra. Essa foi a primeira ação do BC desde que Gabriel Galípolo assumiu a presidência da instituição.

Segundo especialistas, a medida contribuiu para aliviar pressões de curto prazo sobre a moeda, em um contexto de maior estabilidade global. Para esta terça-feira (21), o BC não anunciou novas intervenções.

No mês anterior, em meio à desvalorização acelerada do real, o Banco Central vendeu US$ 32,59 bilhões no mercado à vista, o que ajudou a reduzir a volatilidade cambial.

Cenário internacional beneficia mercados emergentes

A falta de declarações incisivas sobre novas tarifas comerciais no discurso de Trump acalmou os mercados internacionais. Essa postura beneficiou moedas e bolsas de países emergentes, incluindo o Brasil.

Analistas destacam que o cenário global ainda exige cautela, especialmente diante de possíveis ajustes na política monetária dos Estados Unidos e de eventos políticos futuros.

No entanto, o comportamento mais contido do mercado nesta segunda-feira sinaliza otimismo moderado com o início do novo governo norte-americano.