A cada verão, com a intensificação das chuvas, aumenta o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da chikungunya e da zika – enfermidades conhecidas como arboviroses. Além disso, a pandemia de covid-19 continua e exige cuidados específicos para evitar a contaminação, principalmente pelas novas variantes. O que essas doenças têm em comum?
Risco de causar hemorragias graves que podem ser letais é uma característica comum entre dengue, chikungunya, zika e covid-19
“Existe uma similaridade de sintomas”, aponta o subsecretário de Vigilância em Saúde, Divino Valero. “Inicialmente, [essas doenças] podem ser parecidas. Por isso, corremos o risco de lidar com várias doenças com os mesmos indícios”. Para confirmar o diagnóstico, as equipes de saúde fazem a anamnese, que é a avaliação dos sintomas apresentados pelo paciente; e, quando necessário, solicitam exames laboratoriais.
Apesar da semelhança, é importante reconhecer os sintomas de cada doença e saber quando e onde buscar um serviço de saúde, conforme alerta o diretor de Vigilância Epidemiológica, Fabiano dos Anjos: “Tanto a dengue, a zika e a chikungunya quanto a covid-19 têm uma característica em comum: podem causar hemorragias graves, podendo levar ao óbito”. Ele lembra que, entre as arboviroses, a dengue tem maior letalidade.
Será que é covid-19?
A suspeita de infecção pelo novo coronavírus pode ficar maior caso apresente, também, sintomas respiratórios como tosse, falta de ar, coriza ou dor de garganta. Nesse caso, a orientação é procurar a UBS mais próxima. “A Atenção Primária é a porta de entrada, e, em casos mais graves, a equipe faz os encaminhamentos para outros níveis de atenção”, explica o enfermeiro Geandro Dantas, da área técnica da Gerência da Estratégia Saúde da Família. Outros sintomas que também podem aparecer são diminuição ou perda do olfato ou do paladar.
As semelhanças sintomáticas com outras doenças dificultam o trabalho de investigação das equipes de saúde. Por isso, o paciente deve colaborar fornecendo todas as informações que possam ser pertinentes ao diagnóstico. Fabiano dos Anjos orienta: “Às vezes a pessoa sabe que teve contato com outra pessoa infectada. Tudo o que puder trazer de informação para o profissional de saúde ajuda a definir o quadro clínico mais rapidamente”.
*Com informações da Secretaria de Saúde
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