Coleta de Dados Começa em Janeiro
O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) inicia, em janeiro, o 2º Censo Distrital da População em Situação de Rua. A pesquisa busca traçar o perfil e identificar as principais necessidades desse público, com o objetivo de embasar políticas públicas voltadas à inclusão e assistência social.
Realizado em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes-DF), o levantamento é fundamental para monitorar o crescimento e as condições de vida da população em situação de vulnerabilidade.
Mapeamento Aprofundado
O censo utiliza um questionário estruturado, que coleta dados sociodemográficos detalhados, como sexo, idade, raça/cor, orientação sexual e nacionalidade. A pesquisa também investiga o tempo que a pessoa vive em situação de rua, se há crianças sob sua responsabilidade e o histórico de residência no DF.
Outro ponto importante do questionário é a análise de benefícios sociais recebidos, como Bolsa Família, auxílio emergencial e outros programas de assistência. Essa abordagem permite uma compreensão mais profunda sobre o nível de acesso dessas pessoas aos direitos básicos e aos serviços públicos.
“Queremos entender a realidade dessas pessoas e buscar soluções efetivas que proporcionem dignidade e reinserção social”, explicou um representante do IPEDF.
Continuidade e Ampliação
A primeira edição do censo ocorreu em 2022 e trouxe informações valiosas sobre a população em situação de rua no DF. A continuidade do levantamento a cada dois anos foi determinada pelo Decreto nº 45.474, publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) em fevereiro de 2024.
A atualização periódica do censo é essencial para acompanhar as mudanças no perfil dessa população e adaptar as políticas públicas de acordo com as novas demandas.
Políticas Baseadas em Dados Concretos
A expectativa é que os resultados do censo de 2025 sirvam como base para a formulação de programas de moradia, capacitação profissional e assistência social. Com dados concretos, o governo poderá direcionar recursos de forma mais eficiente, ampliando o impacto positivo nas comunidades mais vulneráveis.
Segundo a Sedes-DF, o levantamento reforça o compromisso do governo com a inclusão social e o combate à desigualdade. “Nosso objetivo é ampliar as oportunidades e garantir que ninguém fique invisível para o poder público”, destacou a secretária de Desenvolvimento Social.
Próximos Passos
Após a coleta de dados, prevista para ser concluída até o final de janeiro, o IPEDF iniciará a análise dos resultados. A divulgação do relatório final deve ocorrer no primeiro semestre de 2025.
O censo será realizado em todas as regiões administrativas do DF, com equipes treinadas para abordar as pessoas em situação de rua com respeito e sensibilidade.