“Uma portaria de 2020 estabeleceu regras de biossegurança na produção de suínos e tem por objetivo manter esta certificação”, explica a subsecretária de Defesa Agropecuária, Danielle Araújo
Já de olho no mercado externo, os suinocultores do Distrito Federal investem na melhoria das técnicas de produção. O avanço na qualidade da suinocultura do Distrito Federal coloca a região num patamar favorável à exportação da carne de porco. Atualmente, além do mercado local, a produção distrital é vendida para os estados de São Paulo, Goiás e Bahia. É um total de 200 mil animais em 28 granjas, todas elas automatizadas e frequentemente fiscalizadas pela Secretaria de Estado de Agricultura do Distrito Federal (Seagri-DF).
“É um trabalho de parceria entre governo e criadores de suínos”, explica a subsecretária de Defesa Agropecuária, Danielle Araújo. Segundo ela, a Seagri realiza fiscalizações de rotina em que são avaliados itens como o bem-estar animal no manejo e no abate, doenças dos animais, armazenamento da ração, controle de roedores nas granjas, entre outras coisas.
De acordo com Danielle, o órgão se prepara para iniciar neste ano um inquérito (levantamento) detalhado da produção em todas as granjas de suínos do DF, desde as grandes até as pequenas. Outro ponto positivo para a região é ser uma zona livre de peste suína. O feito é, segundo a subsecretária, resultado de uma política iniciada em 2020.
“Nós, produtores do DF, vamos a escolas de gastronomia para explicar que a carne suína não é nociva a mulheres grávidas e pessoas idosas e que é saudável. Buscamos mudar essa cultura”, explicou o gestor executivo da DF Suínos, Douglas Rocha
“Uma portaria de 2020 estabeleceu regras de biossegurança na produção de suínos e tem por objetivo manter esta certificação”, explica Danielle. “Medidas rigorosas são tomadas para evitar a entrada e propagação de doenças no rebanho. Os abatedouros do DF são diferenciados”, completa.
A gestora ainda ressalta a rigorosa fiscalização, que acontece de forma periódica, para impedir a entrada de carne clandestina na cidade.
Consumo aumenta
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve no país um aumento de 13,5% no consumo de carne suína em 2021 em comparação a 2020. O gestor executivo da DF Suínos, Douglas Rocha, afirma que a contagem desse aumento é feita com relação às vendas de todo o Brasil.
Douglas lembra que alguns fatores econômicos contribuíram para o aumento do consumo de carne suína no Brasil e em Brasília. O primeiro deles é o preço alto da carne bovina. O segundo trata da mudança na crença que algumas pessoas têm de que carne de porco causa danos à saúde e, por isso, não deve ser consumida por quem enfrenta uma doença ou busca uma dieta saudável.
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“Nós, produtores do DF, vamos a escolas de gastronomia para explicar que a carne suína não é nociva a mulheres grávidas e pessoas idosas e que é saudável. Buscamos mudar essa cultura”, explicou Douglas.
Os suinocultores esperam no próximo ano conseguir a redução do custo de produção, em especial dos alimentos dos animais (milho e soja), intensificar a qualidade da produção local e aumentar o consumo, que hoje é de 16 quilos por pessoa a cada ano.
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