A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) iniciou as tratativas para implementar a segunda fase da Mobilização Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas. Lançada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, essa etapa marca um novo avanço na política pública voltada ao reencontro de famílias e à restauração da identidade de cidadãos em situação de vulnerabilidade.
Nesta fase, os esforços se concentram na capacitação de profissionais da saúde e da assistência social. Esses servidores atuarão na triagem de pessoas acolhidas sem documentos ou identidade conhecida. A ideia é garantir um fluxo de atendimento mais eficiente, com foco na humanização e no acolhimento.
Coletas biométricas serão o primeiro passo para identificação
O procedimento começará com a coleta de impressões digitais e fotografias. Caso esses dados não permitam a confirmação da identidade, será feita a coleta de material genético (DNA), com apoio da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
As ações envolvem a Subsecretaria de Integração de Políticas em Segurança Pública (Subisp), além das secretarias de Saúde (SES-DF), de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) e o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF).
O secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, reforçou a importância da campanha. “Cada pessoa desaparecida carrega uma história. Nosso dever é usar todos os recursos disponíveis para tentar reconectar essas vidas”, afirmou.
Acolhimento humanizado e resposta rápida
A SSP-DF busca implementar um fluxo de atendimento claro, com pontos focais em instituições públicas. Assim, profissionais saberão exatamente como acionar os serviços de segurança pública quando encontrarem uma pessoa não identificada.
O subsecretário Jasiel Fernandes destacou o impacto emocional do desaparecimento. “Por trás de cada rosto sem nome há uma família em sofrimento. Nosso objetivo é devolver esperança com agilidade e sensibilidade”, disse.
Primeira fase coletou DNA de familiares em todo o país
A mobilização nacional começou em agosto de 2024 e terá três fases. A primeira etapa concentrou-se na coleta de amostras de DNA de familiares de pessoas desaparecidas. Quase 300 pontos em todo o Brasil participaram da ação.
Embora a primeira fase esteja concluída, a coleta de DNA continuará ao longo de 2025. A medida reforça o compromisso do governo em manter ativo o banco genético nacional e facilitar cruzamentos de dados com pessoas encontradas sem identidade.