Ícone do site Edição Brasília

Cientistas “ressuscitam” o lobo-terrível após 13 mil anos de extinção

Lobo terrível que estava extinto desde a Era do Gelo

Foto: Colossal Biosciences/ Divulgação

Um avanço histórico na biotecnologia

A Colossal Biosciences, uma startup americana de biotecnologia, anunciou um feito inédito nesta segunda-feira (7): o nascimento de três filhotes de lobo-terrível, espécie extinta há cerca de 13 mil anos. Esse marco representa uma conquista impressionante da ciência moderna, que agora caminha para reverter os efeitos da extinção com tecnologia genética.

A espécie ficou famosa por sua presença na série Game of Thrones, mas tem origem real na Era do Gelo, quando dominava vastas regiões da América do Norte.


Como a ciência tornou isso possível

O projeto começou com a análise de fósseis encontrados nos estados de Ohio e Idaho. A partir de um dente de 13 mil anos e de um crânio com 72 mil anos, os cientistas conseguiram recuperar o DNA necessário. Como resultado, descobriram que o lobo-cinzento moderno compartilha 99,5% do código genético com o lobo-terrível.

Então, a equipe de cientistas editou 14 genes do lobo-cinzento em mais de 20 pontos. Eles modificaram traços como a cor da pelagem, o comprimento do pelo, a musculatura e o porte do corpo, para que os filhotes se aproximassem ao máximo do lobo-terrível original.


Filhotes vivos e saudáveis

Os embriões modificados foram implantados em cadelas que serviram como mães substitutas. Como resultado, nasceram três filhotes: os machos Romulus e Remus, e a fêmea Khaleesi.

Atualmente, os animais vivem em um centro de preservação da vida selvagem no norte dos Estados Unidos. Por questões de segurança, o local permanece em sigilo. O objetivo é proteger os filhotes de interferências externas e permitir que cresçam em ambiente controlado.


Por que o retorno do lobo-terrível importa?

O lobo-terrível foi um predador dominante no passado. Ele caçava cavalos, bisões e até mamutes. No entanto, a caça excessiva de suas presas pelos humanos contribuiu para sua extinção. Por isso, a sua recriação pode ajudar a entender como grandes predadores afetam o equilíbrio ecológico.

Além disso, o projeto representa um avanço significativo para outros experimentos de desextinção. A Colossal também trabalha para trazer de volta o mamute-lanoso e o dodô, embora esses projetos envolvam desafios técnicos maiores.


O futuro da desextinção

A Colossal Biosciences acredita que a ciência pode restaurar parte da biodiversidade perdida. Segundo a empresa, a desextinção não busca apenas reviver espécies, mas também reparar danos ecológicos provocados pela ação humana.

Enquanto isso, os filhotes de lobo-terrível seguem sob observação. Eles não são réplicas perfeitas dos ancestrais, mas se aproximam geneticamente tanto quanto a tecnologia atual permite. O próximo passo será entender como eles interagem com o ambiente e qual papel podem desempenhar em ecossistemas modernos.

Sair da versão mobile