Causa da suspensão está sendo investigada
A Administração-Geral de Aduanas da China (GACC) informou ao governo brasileiro, nesta quarta-feira (22), a suspensão temporária das exportações de soja de cinco unidades de empresas brasileiras. A decisão veio após a detecção de pestes e resíduos de pesticidas em lotes enviados ao país asiático, maior importador da commodity brasileira.
Em resposta, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) declarou que ações corretivas já estão em curso. As investigações têm como objetivo identificar a causa das não conformidades e garantir a regularização dos embarques. Segundo o ministério, o diálogo com as autoridades chinesas está sendo tratado com naturalidade, considerando que ajustes desse tipo são comuns na rotina das exportações internacionais.
Ações corretivas e garantia de qualidade
De acordo com o Mapa, as empresas envolvidas estão elaborando planos de ação para corrigir os problemas apontados. Esses planos serão enviados às autoridades chinesas para análise e revisão. Além disso, o governo brasileiro intensificará as fiscalizações nos embarques de soja destinados à China, a fim de evitar novas ocorrências de não conformidade.
“O tema está sendo tratado com naturalidade, considerando que situações como esta podem ocorrer. Ações de correção são essenciais para reforçar as relações de confiança com o mercado chinês”, afirmou o ministério em nota.
A pasta ainda destacou que está em contato constante com as empresas notificadas e com o governo chinês para resolver a situação de forma ágil.
Impacto nas exportações será limitado
Apesar da suspensão, o Mapa garantiu que o impacto nas exportações brasileiras de soja será limitado. Isso porque outras unidades das mesmas empresas continuam operando normalmente. A suspensão é específica para as cinco unidades notificadas, o que mantém os volumes globais de exportação do Brasil praticamente inalterados.
“O Brasil segue exportando soja para a China em volumes significativos. Este é um episódio pontual e não deverá causar alterações expressivas no comércio entre os dois países”, assegurou o ministério.
A soja é um dos principais produtos da balança comercial brasileira e representa uma parte significativa das exportações para a China. Em 2024, o país exportou mais de 86 milhões de toneladas do grão, sendo cerca de 70% destinadas ao mercado chinês.
Relações comerciais seguem fortalecidas
O governo brasileiro demonstrou otimismo quanto à rápida solução do caso. As ações corretivas, somadas à comunicação constante com as autoridades chinesas, são passos importantes para fortalecer a confiança entre os dois países.
O episódio também reforça a necessidade de atenção à qualidade dos produtos exportados, especialmente em mercados estratégicos como o asiático. A China, por sua vez, mantém uma relação sólida com o Brasil, sendo um dos principais parceiros comerciais na área de agronegócios.