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China sinaliza abertura para diálogo comercial, mas exige revisão de tarifas dos EUA

China negocia com EUA

Foto: Frepik

Esperança renovada no comércio global

O Ministério do Comércio da China anunciou nesta sexta-feira (2) que avalia uma proposta dos Estados Unidos para iniciar novas negociações sobre a guerra comercial. A notícia surge após um período de tensão entre as duas maiores economias do mundo, que vinham trocando sucessivas tarifas desde o início de abril.

De acordo com o comunicado oficial, autoridades norte-americanas demonstraram interesse em estabelecer conversas por meio de canais apropriados. A resposta chinesa, por sua vez, indicou abertura ao diálogo, mas com uma condição clara: os Estados Unidos precisam corrigir “práticas equivocadas” e cancelar tarifas unilaterais.

Tarifas em debate: uma trégua possível

Desde que o presidente norte-americano Donald Trump impôs tarifas de 34% sobre produtos chineses, o conflito comercial só aumentou. Em resposta, a China aplicou taxas semelhantes sobre itens importados dos EUA. Então, em um movimento mais agressivo, Washington subiu as tarifas para 145%, o que levou Pequim a retaliar com 125% sobre diversos produtos.

Mesmo assim, há sinais de que o cenário pode mudar. Segundo o governo chinês, as negociações só serão possíveis se houver respeito mútuo e disposição para corrigir erros. “Conversas não devem ser usadas como pretexto para coação”, reforçou o ministério.

Além disso, a China exige que os Estados Unidos abandonem medidas que considera unilaterais e prejudiciais à confiança entre os países. Isso porque, segundo Pequim, qualquer tentativa de pressão pode comprometer o futuro das tratativas.

Caminho aberto, mas com cautela

Nos últimos dias, o presidente Donald Trump afirmou publicamente que a China estaria disposta a negociar. Ele declarou que “há muitas boas chances” de um acordo em breve. No entanto, as autoridades chinesas negaram que conversas estejam em andamento e destacaram que qualquer diálogo precisa ocorrer de forma “justa, respeitosa e recíproca”.

Ainda assim, a manifestação chinesa desta sexta-feira representa um avanço. Embora condicionada, a disposição para avaliar uma proposta de negociação indica que o caminho para um acordo permanece aberto.

Impacto global e otimismo moderado

Especialistas em comércio internacional consideram que um eventual acordo entre os dois países pode beneficiar toda a economia global. Afinal, o embate tarifário afeta diretamente mais de 180 países e regiões, incluindo grandes exportadores agrícolas e tecnológicos.

Portanto, mesmo com desafios no horizonte, a sinalização de Pequim reacende a esperança de uma solução diplomática. O mundo observa com cautela, mas também com otimismo, a possibilidade de retomada das conversas. Porque, ao que tudo indica, o comércio internacional ainda pode encontrar um ponto de equilíbrio.

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