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China pede fim da “chantagem” dos EUA e defende diálogo na guerra comercial

Guerra comercial ChinaXEUA

Foto: Freepik

China busca trégua e respeito mútuo

A China voltou a criticar os Estados Unidos nesta quarta-feira (16), em meio à intensificação da guerra comercial entre os dois países. Em declaração oficial, o governo chinês pediu que a Casa Branca encerre a política de “ameaças e chantagens” e retome as negociações com base no respeito mútuo.

O posicionamento ocorreu durante a visita de Estado do presidente Xi Jinping à Malásia. O líder chinês afirmou que seu país está comprometido com o sistema multilateral de comércio, regido pelas regras da Organização das Nações Unidas (ONU), e reforçou a importância da cooperação internacional para garantir estabilidade econômica global.

Xi Jinping fortalece alianças no sudeste asiático

Recebido com honras pelo rei malaio Sultan Ibrahim, Xi Jinping destacou a amizade de 50 anos entre China e Malásia. O encontro resultou em novas parcerias comerciais, demonstrando o esforço de Pequim em ampliar sua influência econômica no sudeste asiático.

Segundo o primeiro-ministro malaio, Anwar Ibrahim, os países assinarão diversos acordos bilaterais. Para analistas, a visita também busca posicionar a China como alternativa estável à política comercial imprevisível dos EUA.

Escalada tarifária continua entre EUA e China

Apesar dos apelos por diálogo, a guerra tarifária entre as duas potências segue intensa. Atualmente, produtos chineses enfrentam tarifas de até 145% nos EUA, enquanto a China impõe taxas de 125% a itens americanos. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, declarou que o país “não deseja briga, mas também não tem medo de lutar”.

Ele também reforçou que os EUA iniciaram a disputa e que as medidas adotadas por Pequim são legítimas, buscando proteger seus interesses econômicos.

Trump sinaliza abertura, mas pressiona adversários

Na terça-feira (15), a Casa Branca declarou que “a bola está com a China” se quiser encerrar a guerra comercial. A porta-voz Karoline Leavitt afirmou que os EUA continuam abertos ao diálogo, mas que Pequim precisa ceder.

Em contrapartida, o ex-presidente Donald Trump anunciou isenção de tarifas para itens tecnológicos como smartphones e semicondutores, produtos que têm grande peso nas exportações chinesas.

Impacto global e negociações paralelas

A política tarifária americana tem afetado economias ao redor do mundo. Japão, Coreia do Sul, México e União Europeia também enfrentam aumentos nas taxas de importação. Entretanto, alguns países conseguiram uma trégua de 90 dias para negociar condições melhores.

Nesta quarta, o governo japonês tenta um acordo com o secretário do Tesouro dos EUA, enquanto a União Europeia reforça que está preparada para defender seus interesses nas próximas rodadas de negociações.

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