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Cemaden amplia monitoramento para prevenir desastres naturais e proteger vidas

Apresentação CEMADEN

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Monitoramento em tempo real salva vidas

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) está expandindo sua capacidade de monitoramento em todo o Brasil. Com o objetivo de cobrir 1.972 municípios até o final de 2026, o centro reforça seu papel no combate a desastres como deslizamentos e enchentes, que têm se tornado mais frequentes devido às mudanças climáticas.

Atualmente, o Cemaden monitora 1.133 municípios, utilizando uma rede de pluviômetros automatizados, radares, satélites e sensores de solo. Essas ferramentas fornecem dados atualizados a cada 10 minutos, permitindo que a equipe emita alertas precisos às defesas civis locais em menos de 20 minutos. “Cada segundo conta para salvar vidas e mitigar danos”, afirmou Marcelo Seluchi, coordenador-geral de Operações e Modelagem do Cemaden.

Avanços tecnológicos no monitoramento

O Cemaden está investindo em novas tecnologias, como sensores de umidade do solo que medem a saturação em profundidades de até três metros. Esses sensores ajudam a prever deslizamentos ao indicar quando o solo deixa de ser estável. Atualmente, cerca de 100 locais utilizam essas estações geotécnicas, e o centro planeja ampliar essa rede.

Além disso, o monitoramento em tempo real de descargas elétricas e deslocamento de tempestades oferece informações essenciais para prever alagamentos e enxurradas. “Se uma tempestade está em Guarulhos, sabemos que em meia hora ela atingirá São Paulo. Esse dado em tempo real é fundamental”, explicou Seluchi.

Reduzindo impactos de desastres naturais

Desde 2023, o governo federal priorizou a expansão do monitoramento após enchentes no Rio Grande do Sul destacarem a vulnerabilidade de municípios não observados. Para incluir novas cidades, é necessário identificar áreas de risco, instalar equipamentos e ampliar a equipe do Cemaden. “Precisamos de mais recursos e pessoal para garantir a qualidade do monitoramento, especialmente diante das mudanças climáticas”, destacou Seluchi.

A coleta contínua de dados também permite que o Cemaden aperfeiçoe seus modelos de previsão. O objetivo é aumentar a precisão dos alertas e a eficácia das respostas, ajudando comunidades vulneráveis a se prepararem melhor para desastres iminentes.

Um futuro mais seguro

Com eventos extremos se tornando mais comuns, o trabalho do Cemaden é vital para proteger vidas e propriedades. A meta de aumentar em 70% os municípios monitorados até 2026 reflete o compromisso do governo com a segurança da população. Seluchi destacou que “regiões antes sem histórico de grandes eventos, como partes do Rio Grande do Sul, estão se tornando vulneráveis. Nosso desafio é garantir que todos estejam protegidos”.

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