Nova etapa para o sistema eleitoral brasileiro
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (11), o Projeto de Lei nº 1.169/2015. A proposta, que estabelece a impressão e recontagem parcial de votos em eleições, avança com o objetivo de reforçar a transparência do processo eleitoral brasileiro. O texto segue agora para votação no plenário da Câmara e, posteriormente, no Senado.
O projeto, de autoria do deputado Carlos Henrique Gaguim (União-TO), prevê que 5% das urnas sejam selecionadas aleatoriamente para recontagem física dos votos, comparando registros eletrônicos e impressos.
Entenda a proposta
O substitutivo do relator, deputado José Medeiros (PL-MT), altera a Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), adicionando a obrigatoriedade de impressão dos votos e recontagem parcial após cada pleito. As urnas serão sorteadas publicamente, na presença de representantes de partidos políticos, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e outras entidades interessadas.
“O objetivo é aprimorar a transparência e reforçar a credibilidade do sistema eleitoral, sem comprometer a celeridade da apuração”, explicou Medeiros.
Divergências no debate
O projeto recebeu apoio de parlamentares que acreditam que a medida pode aumentar a confiança no sistema eleitoral. A deputada Coronel Fernanda (PL-MT) destacou o impacto positivo para pacificar o país: “Essa mudança permitirá verificar a segurança das urnas, eliminando dúvidas e fortalecendo a confiança dos brasileiros nas eleições futuras.”
Por outro lado, críticas surgiram. O deputado Helder Salomão argumentou que o debate pode ser um retrocesso. “Aqueles que questionam as urnas eletrônicas só o fazem quando perdem eleições. Desde sua implementação, não houve nenhum fato relevante que comprometesse a segurança ou transparência do sistema.”
Organizações como Transparência Brasil e Conectas Direitos Humanos também se manifestaram contra o projeto, alegando que ele pode alimentar desconfianças infundadas e minar a credibilidade das urnas eletrônicas.
Próximos passos
O projeto ainda precisa ser aprovado em plenário e passar pelo Senado antes de ser sancionado. Enquanto isso, debates sobre os benefícios e desafios da proposta continuarão em destaque, envolvendo diferentes setores da sociedade.