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Cazuza: Boas Novas chega aos cinemas com imagens inéditas do cantor

O documentário "Cazuza, Boas Novas", com imagens inéditas e foco nos últimos anos do cantor, estreia nos cinemas nesta quinta-feira (17).
Cazuza Boas Novas
Foto: Foto: Divulgação

O aguardado documentário “Cazuza, Boas Novas” chega às salas de cinema nesta quinta-feira, dia 17, prometendo uma imersão profunda nos últimos anos de vida do icônico cantor brasileiro. A produção, enriquecida por imagens inéditas, busca revelar a garra, a maturidade artística e a inabalável vontade de viver de Cazuza, aspectos que o definiram até seus momentos derradeiros.

A direção do longa-metragem é assinada por Nilo Romero, figura central na trajetória musical de Cazuza. Romero atuou como baixista do artista a partir da célebre turnê de “Exagerado” e, posteriormente, participou da gravação do disco “Só se for a dois” (1987). Além disso, foi corroteirista do álbum “Ideologia” (1988), mantendo-se ao lado de Cazuza até o fim da sua última turnê. Consequentemente, sua proximidade com o cantor lhe concedeu um acesso privilegiado a um vasto material de arquivo.

O documentário se debruça sobre os dois anos finais da vida de Cazuza, apresentando um acervo de imagens nunca antes divulgadas. Ademais, a narrativa é pontuada por depoimentos emocionantes de pessoas próximas ao artista. Entre os convidados estão nomes como Roberto Frejat, George Israel, o músico Christiaan Oyens, o lendário Gilberto Gil, o fotógrafo Flávio Colker e, notavelmente, um dos seus melhores amigos, Ney Matogrosso. Em outras palavras, a produção reúne um círculo íntimo de colaboradores e confidentes para traçar um retrato fiel do artista.

A Intimidade e a Resiliência na Tela

O público terá a oportunidade de conferir no filme diversos registros da turnê de “Ideologia”, que, de forma significativa, foi dirigida pelo próprio Ney Matogrosso. Essa colaboração artística ressalta a profunda conexão entre os dois talentos. A origem de muitas das imagens inéditas é atribuída a George Israel, músico do Kid Abelha e amigo de longa data de Cazuza e Nilo Romero, que tinha o hábito de registrar rotineiramente momentos em vídeo. Por essa razão, Romero conseguiu reunir um material singular que oferece uma nova perspectiva sobre o período.

Adicionalmente, “Cazuza, Boas Novas” expõe momentos de intimidade do cantor com seus amigos, revelando seu característico bom humor e sua notável ironia. O filme, em sua essência, demonstra como a fragilidade física que marcou seus últimos anos não o impediu de continuar sua paixão. Em vez disso, ele realizou mais de quarenta shows naquela que seria sua última grande turnê. É evidente, portanto, a extraordinária força de vontade e o compromisso inabalável de Cazuza com sua arte.

Legado Vivo e Emoção Duradoura

A pré-estreia do documentário já provocou grande comoção entre amigos e colegas de profissão, solidificando o impacto duradouro de Cazuza. O cantor Léo Jaime, por exemplo, compartilhou sua emoção ao observar que a trajetória de Cazuza se entrelaça com a sua própria, e que a ausência do ícone ainda é profundamente sentida. Jaime ressaltou a incredulidade de que, mesmo 35 anos após a partida de Cazuza, sua obra continua a ser celebrada com tamanha intensidade, reafirmando sua relevância atemporal na cultura brasileira e sua capacidade de transcender gerações.

Em suma, “Cazuza, Boas Novas” não é apenas um registro histórico, mas uma celebração emocionante e reveladora da vida e da arte de um dos maiores nomes da música nacional. O filme convida o espectador a testemunhar a força, a maturidade e a inabalável paixão de Cazuza, oferecendo uma compreensão mais profunda do homem por trás do mito e do legado artístico que ele deixou. Conclui-se, assim, que a produção é um tributo essencial à memória de Cazuza, destinada a tocar e inspirar o público contemporâneo.