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Cânceres relacionados ao tabaco apresentam alta letalidade e reforçam importância de combate ao tabagismo

Canceres relacionados ao tabaco

Foto: Divulgação/Banco Mundial/ONU

Impacto do tabagismo além do câncer de pulmão

Nesta quarta-feira (27), Dia Nacional de Combate ao Câncer, a Fundação do Câncer divulgou o estudo Impactos do tabagismo além do câncer de pulmão. O levantamento revelou a alta letalidade de sete tipos de câncer relacionados ao consumo de tabaco, como os de esôfago, cavidade oral, estômago, cólon e reto, laringe, colo do útero e bexiga. Esses cânceres respondem por 26,5% das mortes por câncer no Brasil em 2022, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

O estudo destacou que o tabagismo continua sendo uma das maiores causas evitáveis de mortes por câncer no país. Alfredo Scaff, consultor médico e coordenador do estudo, alertou sobre a forte relação entre o cigarro e o desenvolvimento desses tipos de câncer. “O tabaco afeta células epiteliais de forma agressiva, sendo um fator determinante no surgimento de muitos cânceres graves”, disse.

Alta letalidade e dados alarmantes

A análise mostrou índices de letalidade elevados, especialmente para o câncer de esôfago, que ultrapassa 80% em quase todas as regiões do Brasil. Na região Sudeste, a taxa entre homens chega a 98%. Outros dados destacados incluem:

Esses números reforçam a necessidade de prevenção primária, como vacinação contra o HPV e detecção precoce.

Relação direta entre tabaco e câncer

O tabagismo desempenha papel crítico no desenvolvimento de cânceres que atingem células epiteliais, presentes em órgãos como boca, laringe e colo do útero. Scaff explicou que substâncias do cigarro, como a nicotina, danificam essas células ao longo do sistema digestivo e respiratório, abrindo portas para infecções como o HPV, que potencializam o surgimento de cânceres.

Além disso, o estudo demonstrou que a exposição contínua a compostos tóxicos do tabaco reduz a imunidade local, agravando o risco de doenças.

Prevenção é o caminho

Com o câncer sendo a segunda maior causa de morte no Brasil, somando 239 mil óbitos em 2022, o estudo reforça a urgência de combater o tabagismo. Medidas como campanhas de conscientização, maior acesso a programas de cessação do tabagismo e políticas de controle do cigarro são fundamentais para reduzir o impacto desses cânceres.

“Esses dados mostram que o tabagismo é um fator que podemos evitar. Combater o uso de tabaco é essencial para prevenir essas doenças e salvar vidas”, concluiu Scaff.

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