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Câmara aprova 160 novas funções no STF para gabinetes de ministros; texto vai ao Senado

Câmara aprova criação de 160 cargos no STF, visando reter talentos e otimizar a Corte. Proposta segue para o Senado após aprovação com 178 votos favoráveis.
Novas funções STF
Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

A Câmara dos Deputados deu sinal verde para a criação de 160 novas funções comissionadas no Supremo Tribunal Federal (STF), visando otimizar o trabalho da Corte e reter profissionais qualificados. A decisão, tomada em votação nesta quarta-feira (9), agora segue para o Senado, onde será novamente debatida e votada.

A proposta foi aprovada com 178 votos favoráveis e 155 contrários, refletindo um debate acalorado sobre a necessidade de reforçar a estrutura do STF. As novas funções, destinadas aos gabinetes dos ministros, têm um valor individual de R$ 3.256,70.

Justificativa do STF para a Criação das Funções

O STF, ao apresentar o projeto, argumentou que a criação dessas funções é essencial para manter no quadro da instituição servidores mais experientes e capacitados. Segundo a Corte, esses profissionais são cruciais para auxiliar os ministros no grande volume de processos que tramitam no STF, contribuindo para a qualidade das decisões judiciais.

Em outras palavras, o presidente do STF, Ministro Luís Roberto Barroso, assinou a justificativa ressaltando que o aumento do valor das funções comissionadas nos gabinetes é um incentivo para a retenção de profissionais qualificados. Afirmou ainda que esse reforço terá um impacto direto na qualidade da prestação jurisdicional constitucional.

Ademais, a justificativa do STF esclarece que a medida não acarreta aumento nas despesas primárias da União. De acordo com o texto, os recursos necessários já estão previstos no teto orçamentário destinado ao STF, sendo apenas um remanejamento interno entre as ações da Corte.

Detalhes do Projeto Aprovado

Além das funções comissionadas, o projeto aprovado pela Câmara também prevê a criação de 40 cargos efetivos para o quadro de pessoal do STF. Esses cargos são destinados a Técnicos Judiciários, na Área Administrativa, e Agentes da Polícia Judicial, todos pertencentes à carreira dos servidores do Poder Judiciário da União.

Relator Defende Melhoria na Prestação Jurisdicional

O relator da proposta, Deputado Stélio Dener (Republicanos-Roraima), defendeu a aprovação da matéria, argumentando que ela contribuirá para uma prestação jurisdicional mais efetiva. Ele enfatizou que a medida reforça o princípio constitucional da eficiência administrativa, ao aprimorar a estrutura de pessoal do STF para um melhor desempenho de suas responsabilidades constitucionais.

De acordo com o relator, a criação das funções comissionadas nos gabinetes dos ministros do STF atende à necessidade de valorização e retenção de servidores qualificados. Essa necessidade se justifica pelo aumento da complexidade dos casos analisados e pela sobrecarga de trabalho nos gabinetes.

Segurança Institucional Reforçada

Ainda de acordo com o Deputado Stélio Dener, a criação de cargos de Agente da Polícia Judicial é uma medida urgente e necessária. O aumento exponencial de ameaças à segurança institucional da Corte, incluindo riscos à integridade física de seus membros e ao exercício da jurisdição constitucional, demanda um reforço na segurança.

Portanto, a aprovação do projeto na Câmara dos Deputados representa um passo importante para fortalecer a estrutura do STF, buscando garantir a eficiência e a segurança da Corte em um momento de crescentes desafios.