Casos de dengue superam 1 milhão em 2025
O Brasil registrou 1.010.833 casos prováveis de dengue desde o início de 2025. Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, atualizado nesta quinta-feira (17/4).
Mesmo com o número elevado, os dados apontam uma melhora em relação ao mesmo período de 2024. Naquele ano, o país enfrentou a pior epidemia de dengue da história recente, com mais de 4 milhões de casos.
Além disso, o Ministério da Saúde confirmou 668 mortes provocadas pela doença neste ano. Outras 724 seguem em investigação. O coeficiente de incidência atual é de 475,5 casos para cada 100 mil habitantes.
Redução nos índices reforça impacto das ações preventivas
Em 2024, o índice de incidência era muito mais elevado: 1.881 casos por 100 mil pessoas. Na época, o país já havia registrado 3.809 mortes e centenas de óbitos estavam sob análise.
A redução expressiva neste ano indica que as ações preventivas surtiram efeito. A vacinação em regiões críticas, os mutirões de combate ao Aedes aegypti e a campanha de conscientização em escolas e redes sociais contribuíram para o resultado.
Mesmo assim, o Ministério da Saúde mantém o alerta, porque os números ainda são altos, especialmente nos meses mais quentes e chuvosos.
Perfil dos infectados mostra concentração em adultos jovens
A maior parte dos casos prováveis de dengue se concentra na faixa etária entre 20 e 29 anos. Em seguida, aparecem as faixas de 30 a 39, 40 a 49 e 50 a 59 anos.
As mulheres representam 55% dos casos registrados, enquanto os homens somam 45%. Em relação ao perfil racial, pessoas brancas, pardas e pretas respondem por 50,4%, 31,1% e 4,8% dos casos, respectivamente.
Esses dados ajudam a orientar campanhas específicas de orientação e reforço no atendimento das unidades básicas de saúde.
São Paulo lidera em número de casos e incidência
O estado de São Paulo segue liderando tanto em números absolutos quanto em taxa de incidência. Foram registrados 585.902 casos e um índice de 1.274 casos por 100 mil habitantes.
Em seguida vêm Minas Gerais (109.685 casos), Paraná (80.285) e Goiás (46.980). Já os estados com os maiores coeficientes de incidência, depois de São Paulo, são Acre (888), Paraná (679) e Goiás (639).
Diante desse cenário, o governo federal anunciou foco em 80 municípios considerados prioritários para intensificar o combate à doença.
Vacinação e vigilância seguem como pilares da prevenção
Embora a vacinação contra a dengue esteja disponível em regiões específicas, o Ministério da Saúde reforça que eliminar os criadouros do mosquito continua sendo a medida mais eficaz.
Moradores devem manter caixas d’água fechadas, evitar acúmulo de água parada e descartar corretamente objetos que possam servir de criadouro.
Campanhas informativas também seguirão ativas nos próximos meses, especialmente nas áreas com maior incidência.