Ícone do site Edição Brasília

Brasil sobe cinco posições no ranking de desenvolvimento humano da ONU

Brasil sobe cinco posições no ranking de desenvolvimento humano da ONU

Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Brasil sobe no IDH e retoma trajetória de desenvolvimento

O Brasil subiu cinco posições no ranking global de desenvolvimento humano em 2023, conforme divulgado no relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), publicado nesta terça-feira (6/5). O país saiu da 89ª colocação em 2022 e alcançou o 84º lugar no ano seguinte.

Esse resultado representa uma recuperação significativa. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) brasileiro atingiu 0,786 em 2023, número considerado elevado. Em comparação, em 2022 o índice era de 0,760, o que demonstra progresso mesmo em um contexto global de desaceleração.

Avanços na renda e na saúde explicam o bom desempenho

O aumento da formalização no mercado de trabalho teve impacto direto na renda nacional bruta per capita. Além disso, a queda da taxa de desemprego ampliou o acesso a empregos com carteira assinada, favorecendo o crescimento econômico das famílias.

Por outro lado, a área da saúde também teve papel importante nessa evolução. A reversão dos impactos negativos causados pela pandemia elevou a expectativa de vida da população. Com isso, o país conseguiu recuperar parte do que foi perdido nos anos anteriores.

No entanto, a educação continua apresentando os mesmos entraves. Embora programas educacionais estejam em curso, os indicadores relacionados à escolaridade permanecem estáveis, o que limita um avanço ainda maior do IDH.

Brasil se destaca entre os países latino-americanos

O desempenho do Brasil foi superior à média da América Latina e Caribe, que ficou em 0,783. Portanto, o país avançou de forma consistente em relação a seus pares regionais. Ainda assim, continua atrás de nações como Chile (45º), Argentina (47º), Uruguai (48º), Peru (79º) e Colômbia (83º).

No cenário mundial, a média global do IDH foi de 0,756. A Islândia lidera com 0,972, enquanto Noruega e Suíça ocupam o segundo lugar, ambas com 0,970. Em contraste, o Sudão do Sul está na última posição, com índice de 0,388.

Mundo desacelera, mas Brasil avança

Enquanto o Brasil cresceu, o mundo enfrentou uma das menores evoluções do IDH em 35 anos. A única exceção foi o período da pandemia. De acordo com o Pnud, o principal fator que contribuiu para essa desaceleração foi a queda na expectativa de vida global.

Antes da pandemia, esse indicador avançava, em média, três meses por ano. Em 2022 e 2023, no entanto, esse crescimento caiu pela metade. Assim, o progresso brasileiro se mostra ainda mais relevante diante desse cenário internacional adverso.

Inteligência artificial pode moldar o futuro do desenvolvimento

O relatório também explora o papel crescente da inteligência artificial no futuro do desenvolvimento humano. Segundo a pesquisa, 60% das pessoas entrevistadas acreditam que a IA pode gerar novas oportunidades de trabalho. Em países com IDH médio ou baixo, esse otimismo chega a 70%.

Por isso, o Pnud defende uma abordagem centrada no ser humano. A tecnologia deve funcionar como aliada das habilidades humanas, e não como substituta. Além disso, é fundamental que políticas públicas acompanhem a evolução tecnológica, garantindo inclusão, ética e equidade no uso da IA.

O que é o IDH?

O Índice de Desenvolvimento Humano é uma métrica composta por três pilares: saúde, educação e padrão de vida. A expectativa de vida ao nascer representa a dimensão da saúde. A educação é medida pelos anos esperados e médios de escolaridade. Já o padrão de vida é avaliado pela renda nacional bruta per capita.

Essas dimensões são combinadas para formar o índice final. Por isso, o IDH oferece uma visão mais completa do bem-estar da população do que indicadores econômicos isolados. Ele permite, por exemplo, comparar países com renda semelhante, mas com resultados sociais muito diferentes.semelhantes, mas resultados sociais distintos.esenvolvimento humano.

Sair da versão mobile