O Brasil dá um passo importante no combate à fome e à pobreza com o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. A Noruega se uniu à iniciativa nesta quinta-feira (7), anunciando um aporte inicial de US$ 1 milhão. O evento ocorreu em Brasília, com a presença da ministra do Desenvolvimento Internacional da Noruega, Anne Beathe Tvinnereim, que destacou a importância da parceria.
Compromisso da Noruega
A ministra Anne Beathe Tvinnereim afirmou: “Estamos comprometidos em colaborar com a Aliança Global, apoiando financeiramente a mobilização de recursos nacionais e internacionais para promover a segurança alimentar.” Essa declaração reforça o comprometimento da Noruega em ajudar a combater a insegurança alimentar, um problema que afeta milhões de pessoas.
Aumento das Adesões
Até o momento, 18 países, além da União Africana e da União Europeia, já aderiram formalmente à Aliança Global. Esses países apresentaram, revisaram e ratificaram suas Declarações de Compromisso. A expectativa é que todos os países do G20, que inclui 19 nações e duas organizações regionais, confirmem a participação na Aliança. Bangladesh e Alemanha já oficializaram suas adesões publicamente.
Apoio de Organismos Multilaterais
A Aliança também conta com o apoio de diversos organismos multilaterais. Entre eles, destacam-se a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A Fundação Rockefeller, dos Estados Unidos, também firmou compromisso com a iniciativa.
Funcionamento da Aliança
Embora lançada durante a presidência brasileira do G20, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza atuará de forma independente até 2030. O projeto funcionará como um intermediário neutro, facilitando parcerias para a implementação de políticas. A Aliança usará um banco de dados unificado para identificar necessidades e oportunidades de financiamento. O objetivo é agilizar o engajamento entre doadores e países necessitados.
Impacto Global
O relatório Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no Mundo, das Nações Unidas, aponta que cerca de 733 milhões de pessoas estão em situação de subnutrição. Isso representa uma em cada 11 pessoas no planeta. A Aliança visa reduzir esses números alarmantes, promovendo políticas públicas eficazes, como transferência de renda e outras estratégias de combate à fome.
Proposta de Taxação dos Super-Ricos
Além da Aliança, o governo brasileiro planeja apresentar uma proposta de imposto sobre grandes fortunas durante o G20. Essa taxação afetaria cerca de 3 mil bilionários, cuja fortuna é estimada em US$ 15 trilhões. Com uma alíquota de 2%, o tributo poderia gerar uma arrecadação entre US$ 250 bilhões e US$ 300 bilhões, o que equivale a aproximadamente R$ 1,5 trilhão.
Conclusão
A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza representa uma nova esperança no combate à insegurança alimentar e à pobreza. A adesão da Noruega e o apoio de outros países e organizações internacionais demonstram que a colaboração é fundamental para enfrentar esses desafios globais. Com a mobilização de recursos e a implementação de políticas eficazes, é possível sonhar com um mundo sem fome.