Em um encontro no Forte de Copacabana, neste domingo (17), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, reafirmaram a sólida relação entre Brasil e Itália. Meloni destacou a importância dos laços históricos, mencionando os 800 mil cidadãos italianos e 30 milhões de descendentes vivendo no Brasil, representando quase 20% da população brasileira.
As discussões abordaram a empresa Enel, controlada pelo governo italiano, que enfrentou críticas pelos recentes apagões em São Paulo. Lula enfatizou a necessidade de melhorias nos serviços da concessionária. Meloni, por sua vez, anunciou que empresas italianas planejam investir 40 bilhões de euros no Brasil, principalmente em desenvolvimento econômico, transição energética e segurança alimentar.
Foco em Cooperação e Investimentos Bilaterais
Além das negociações envolvendo a Enel, o encontro reforçou o interesse mútuo em atualizar os acordos de cooperação econômica. Participaram da reunião ministros brasileiros como Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Silveira (Minas e Energia). A presença de Meloni, atual presidente do G7, sublinhou a relevância da parceria estratégica entre as nações.
Encontros com Líderes Mundiais
O presidente Lula também se reuniu com o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, em um diálogo centrado na Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, a ser lançada nesta segunda-feira (18). Ibrahim ressaltou a admiração de seu país por Lula, destacando seu papel na justiça social.
Outro destaque foi a reunião com o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Sheikh Khaled bin Mohamed bin Zayed Al Nahyan. As conversas trataram de acordos em energia e infraestrutura, além de cooperação econômica. Lula também discutiu a reforma da governança global com o líder árabe.
Parceria com a União Europeia
No mesmo dia, Lula se encontrou com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. A pauta principal foi o acordo entre União Europeia e Mercosul, considerado crucial para fortalecer as relações comerciais e ampliar as oportunidades econômicas no Brasil e na Europa.