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Bolsonaro tem alta hospitalar; laudo indica câncer de pele inicial

O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu alta médica nesta quarta-feira (17) em Brasília. Laudo de lesões removidas confirma um câncer de pele inicial.
Bolsonaro câncer de pele inicial
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu alta médica nesta quarta-feira (17) em Brasília, após um período de internação hospitalar. Além disso, um laudo recente confirmou que lesões cutâneas removidas previamente indicavam a presença de um câncer de pele em estágio inicial, exigindo acompanhamento médico contínuo.

A Internação e Recuperação do Ex-Presidente

Bolsonaro havia sido internado no Hospital DF Star, localizado na capital federal, na tarde da última terça-feira (16). Ele deu entrada na unidade apresentando um quadro de mal-estar, que incluía vômitos, tontura, uma queda significativa na pressão arterial e sintomas de pré-síncope. Posteriormente, os médicos realizaram uma série de exames e iniciaram o tratamento.

Em nota oficial divulgada à imprensa, a instituição hospitalar informou que o ex-presidente demonstrou uma notável melhora em seus sintomas. Além disso, sua função renal foi restabelecida, o que se deu em grande parte pela hidratação e pela administração de medicamentos por via endovenosa. Portanto, a equipe médica optou pela sua alta, considerando a estabilização de seu quadro clínico.

Diagnóstico de Câncer de Pele Inicial

Ainda segundo o comunicado médico, um laudo detalhado das lesões cutâneas apresentadas por Bolsonaro e cirurgicamente removidas no domingo anterior (14) trouxe um diagnóstico importante. Duas dessas lesões, por exemplo, revelaram a presença de carcinoma de células escamosas in situ. Esta condição, conforme o relatório, requer acompanhamento clínico rigoroso e reavaliações periódicas para monitoramento.

É crucial entender que o carcinoma de células escamosas in situ, também conhecido como doença de Bowen, representa uma forma bastante inicial de câncer de pele. Caracteriza-se por estar localizado apenas nas células superficiais, ou seja, na camada mais externa da pele, sem invadir tecidos mais profundos. Em outras palavras, trata-se de um tipo não invasivo, o que significa que ele não possui a capacidade de se espalhar para outras partes do corpo. Entretanto, a vigilância médica é fundamental.

A equipe responsável por assinar o comunicado médico era composta por Cláudio Birolini, chefe da equipe cirúrgica; Leandro Echenique, cardiologista; e os diretores do Hospital DF Star, Guilherme Meyer e Allisson Barcelos Borges.

Prisão Domiciliar: Contexto e Implicações

Adicionalmente ao recente episódio de saúde, Jair Bolsonaro já estava cumprindo prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto. Esta medida cautelar foi imposta por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Por conseguinte, a alta hospitalar o levou de volta à sua residência, onde a restrição de liberdade continua em vigor.

A prisão domiciliar está inserida no âmbito de um inquérito investigativo complexo. Neste processo, o ex-presidente e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), são investigados por supostamente articularem ações junto ao governo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O objetivo dessas articulações, conforme a investigação, seria promover retaliações contra o governo brasileiro e, em particular, contra ministros do Supremo Tribunal Federal. Entre as supostas ações retaliatórias mencionadas, figuram o cancelamento de vistos e a aplicação da Lei Magnitsky. Assim sendo, o caso sublinha a gravidade das acusações que pesam sobre os envolvidos, adicionando uma camada de complexidade ao seu atual panorama.

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