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Bolsonaro comparece ao STF para julgamento de denúncia da PGR e enfrenta Alexandre de Moraes

Jair Messias Bolsonaro

Foto: Antonio Augusto / STF

Na manhã desta terça-feira (25/3), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) para acompanhar o julgamento de denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Sentado na primeira fila da Primeira Turma, ao lado de seus advogados, o ex-chefe do Executivo ficou frente a frente com o relator do processo, ministro Alexandre de Moraes.

A sessão representa um marco político e jurídico no país. Ela analisa se Bolsonaro e sete aliados se tornarão réus por suposta participação em uma organização criminosa voltada à tentativa de golpe de Estado, entre outros crimes.

Denúncia da PGR aponta trama golpista organizada em núcleos

A acusação faz parte de uma denúncia dividida pela PGR em cinco núcleos. O grupo julgado nesta etapa é considerado o “núcleo central” da suposta organização criminosa.

Além de Bolsonaro, são alvos da ação:

A denúncia inclui acusações de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Sessões se estendem até quarta-feira com expectativa de votação apertada

O presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, reservou três sessões para o julgamento. Duas ocorrerão nesta terça-feira e uma extraordinária está marcada para quarta-feira (26/3), às 9h30.

A sessão começa com a leitura do relatório do ministro Alexandre de Moraes. Em seguida, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá 30 minutos para apresentar os argumentos da acusação.

Cada advogado dos oito investigados terá 15 minutos para a defesa oral. Após isso, Moraes apresenta seu voto e os demais ministros votam em ordem de antiguidade: Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e, por fim, Cristiano Zanin.

Caso denúncia seja aceita, processo avança para fase de instrução

Se a maioria da turma aceitar a denúncia, os acusados se tornarão réus. A ação penal terá início com a fase de instrução, em que testemunhas são ouvidas e provas analisadas.

Essa etapa pode se estender por meses e não tem prazo definido. Apenas após a conclusão da instrução é que haverá julgamento de mérito com possibilidade de condenação ou absolvição.

A presença de Bolsonaro no tribunal demonstra sua estratégia de enfrentamento direto ao STF, mas também sinaliza a relevância institucional do processo para o país.

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