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Barroso determina uso obrigatório de câmeras corporais pela PM de São Paulo

Cameras corporais policia de São Paulo

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Obrigatoriedade e Gravação Contínua

Nesta segunda-feira (9), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, determinou que os policiais militares do estado de São Paulo utilizem câmeras corporais com gravação ininterrupta. A decisão responde a um pedido da Defensoria Pública estadual, que tramita desde dezembro de 2023, e busca reforçar a transparência e combater a violência policial.

Barroso destacou a importância da medida, citando casos recentes de desligamento proposital dos dispositivos e aumento da letalidade policial. “Manter o modelo de gravação ininterrupta é essencial para proteger direitos fundamentais, em especial o direito à vida”, afirmou.

Medidas Determinadas

Entre as principais ações previstas na decisão estão:

Contexto e Histórico

Em abril de 2024, o governo de São Paulo havia se comprometido com o STF a implementar câmeras corporais em operações policiais e apresentou um cronograma de expansão do sistema. Em setembro, foi assinado contrato com a Motorola para aquisição de 12 mil novas câmeras. No entanto, o modelo proposto pelo contrato previa acionamento manual ou remoto, o que gerou críticas de entidades de direitos humanos pela possibilidade de interrupção das gravações.

A Defensoria Pública e organizações da sociedade civil argumentaram que essa funcionalidade enfraqueceria o propósito de transparência e fiscalização. Após análise, Barroso considerou que falhas no uso das câmeras e protocolos justificavam uma determinação mais rigorosa.

Impacto da Decisão

A decisão visa reduzir os índices de violência policial no estado, que têm aumentado significativamente nos últimos anos. Estudos apontam que o uso de câmeras corporais contribui para a diminuição de ocorrências violentas e para a proteção tanto dos cidadãos quanto dos próprios policiais.

Próximos Passos

Com a obrigatoriedade em vigor, o governo paulista terá que garantir a implementação plena e transparente do modelo. A Secretaria de Segurança Pública deverá publicar regularmente os dados sobre o uso dos dispositivos e adotar medidas para assegurar o cumprimento das normas.

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