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Banco Central impõe novas exigências para adesão ao Pix a partir de 2025

Entrada do Banco Central

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O Banco Central (BC) anunciou nesta segunda-feira (11) novas regras para a adesão ao Pix, sistema de pagamentos instantâneos que se consolidou como um dos métodos de transação mais utilizados no Brasil. A partir de 1º de janeiro de 2025, somente instituições financeiras autorizadas pelo BC poderão solicitar participação no sistema. A Resolução nº 429, publicada pelo BC, estabelece essas mudanças com o objetivo de manter o Pix seguro, inclusivo e transparente para a população.

Mudanças na Adesão ao Pix

Atualmente, 867 instituições participam do Pix, com outras 80 em processo de adesão. Segundo o BC, essas novas regras visam fortalecer a supervisão e a regulamentação das instituições que operam no sistema. Assim, todas as empresas que buscam adesão ao Pix deverão possuir autorização para funcionar como instituição financeira.

Para as instituições já participantes que ainda não possuem autorização do BC, o regulador estabeleceu prazos específicos para que formalizem seus pedidos. Dessa forma, as instituições de pagamento que aderiram ao Pix até dezembro de 2022 terão até março de 2025 para solicitar sua regularização. Para aquelas que ingressaram entre janeiro de 2023 e junho de 2024, o prazo final será dezembro de 2025, enquanto instituições que aderiram entre julho de 2024 e o final deste ano terão até dezembro de 2026 para cumprir a exigência.

Medidas Regulatórias para Garantir Segurança

Com as novas exigências, o Banco Central busca harmonizar os requisitos operacionais e regulatórios do sistema financeiro com o funcionamento seguro do Pix. A partir de julho de 2025, as instituições que já operam no Pix mas ainda aguardam autorização serão obrigadas a seguir várias normas de auditoria e contabilidade. Entre as exigências, destaca-se a necessidade de cumprir o Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (Cosif) e enviar informações financeiras detalhadas ao BC.

Além disso, essas instituições deverão enviar dados de clientes ao Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional (CCS) e informações de saldos contábeis diários. Para assegurar a saúde financeira das empresas participantes, o BC exigirá, a partir de janeiro de 2026, que cada instituição mantenha um capital social e patrimônio líquido mínimo de R$ 5 milhões.

Objetivos da Nova Regulação

As mudanças refletem o esforço do Banco Central em reforçar a segurança no sistema financeiro e aprimorar a supervisão do Pix. Ao exigir que instituições participantes estejam autorizadas, o BC pretende aumentar a transparência e garantir que todas as transações sejam realizadas por empresas devidamente regulamentadas.

Segundo o Banco Central, essas novas medidas também visam reduzir o risco de operações inadequadas e tornar o sistema ainda mais seguro para os milhões de usuários do Pix no país. A medida é parte de uma série de ajustes que o BC vem implementando para acompanhar o crescimento do sistema de pagamentos instantâneos, garantindo sua sustentabilidade e eficiência.

Benefícios para Usuários e o Sistema Financeiro

Com as novas exigências, o Banco Central espera que o Pix continue crescendo de maneira segura, proporcionando mais confiança e estabilidade ao sistema financeiro. Essas mudanças beneficiarão os usuários, pois trarão maior segurança nas transações realizadas pelo Pix. Ao exigir que as instituições atendam a requisitos de capital e sigam normas de auditoria, o BC está promovendo uma camada extra de proteção para os dados e fundos dos usuários.

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