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Após fake news, transações por Pix se estabilizam e mantêm alta adesão

Pix

Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

Após a disseminação de fake news sobre uma suposta taxação do Pix, o volume de transações no sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC) voltou a se aproximar da estabilidade. Entre os dias 16 e 28 de janeiro, foram realizadas 2,08 bilhões de transações, um leve recuo de 0,48% em relação ao mesmo período de novembro de 2024.

Apesar da queda, o movimento indica recuperação, já que na primeira quinzena de janeiro a retração havia sido de 6,7%. Segundo especialistas, os dados apontam para uma retomada da confiança dos usuários no sistema, que segue sendo a principal forma de pagamento digital no Brasil.

Fake news e impactos na movimentação financeira

As fake news sobre uma suposta taxação do Pix começaram a circular após a Receita Federal anunciar uma instrução normativa que ampliava o monitoramento de transações financeiras. A medida previa que operações acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas seriam informadas ao Fisco, mas não implicava a criação de um novo imposto.

Mesmo assim, o boato se espalhou rapidamente, gerando preocupações entre os usuários. Diante da repercussão negativa, o governo federal decidiu revogar a norma no dia 15 de janeiro. Após o esclarecimento, as transações voltaram a crescer gradualmente.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) emitiu um alerta desmentindo as notícias falsas e reforçando que não houve mudanças no funcionamento do Pix. O Banco Central também reafirmou que o sistema segue seguro, eficiente e livre de tributações diretas.

Sazonalidade e tendência de crescimento

Especialistas destacam que a redução nas transações em janeiro está mais associada a fatores sazonais do que às fake news. O mês de dezembro, por exemplo, tradicionalmente registra um pico de movimentações devido ao pagamento do 13º salário, compras de fim de ano e férias. Já em janeiro, é comum uma queda entre 5% e 10%, tendência observada nos últimos anos.

Mesmo com oscilações pontuais, o Pix continua crescendo. Desde seu lançamento em 2020, o sistema tem registrado aumento médio de 30% ao ano, consolidando-se como a principal ferramenta de pagamentos no Brasil.

Confiança dos usuários se mantém alta

Apesar do impacto momentâneo das fake news, especialistas acreditam que a praticidade e a segurança do Pix garantirão sua adesão contínua. O Banco Central reforça que o sistema é gratuito para pessoas físicas e seguirá operando normalmente.

Com a retomada da estabilidade, a expectativa é que o volume de transações continue em alta, consolidando o Pix como um dos principais meios de pagamento do país.

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