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Alistamento militar feminino registra 7 mil inscrições em dois dias

Crescimento da participação feminina nas Forças Armadas visa alcançar 20% das vagas iniciais.
Alistamento Militar Feminino
Foto: Agência Brasil

Inscrições Atingem Novo Marco Histórico

O alistamento militar feminino voluntário, iniciado no dia 1º de janeiro, já registrou cerca de 7 mil inscrições em apenas dois dias. A novidade, implementada pelo Ministério da Defesa, abriu 1.465 vagas para mulheres que desejam ingressar nas Forças Armadas em 2025.

As vagas estão distribuídas entre o Exército (1.100 vagas), Aeronáutica (300 vagas) e Marinha (155 vagas). A iniciativa, inédita no Brasil, busca ampliar a participação feminina, com a meta de atingir 20% das vagas iniciais nos próximos anos.

Como Participar do Alistamento

O alistamento segue até o dia 30 de junho de 2025, o mesmo prazo do alistamento obrigatório masculino. As candidatas precisam ter nascido em 2007 e completar 18 anos em 2025. Outro requisito fundamental é residir nos municípios onde existem unidades militares.

As inscrições podem ser feitas de forma online no site oficial do Exército (alistamento.eb.mil.br) ou presencialmente nas juntas de serviço militar de 28 municípios em 13 estados e no Distrito Federal.

Entre as cidades participantes estão Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS) e outras capitais, além de cidades do interior como Pirassununga (SP) e Formosa (GO).

Etapas do Processo de Seleção

A seleção envolve diversas fases, como entrevistas, inspeções de saúde, testes físicos e análise de aptidão. Após essa etapa, as mulheres selecionadas serão incorporadas ao serviço militar em março ou agosto de 2026, com uma duração inicial de 12 meses.

As candidatas podem atuar como soldados no Exército e na Aeronáutica ou como marinheiras-recrutas na Marinha. Caso haja prorrogação, o serviço poderá durar até oito anos.

Crescimento da Participação Feminina

Atualmente, cerca de 37 mil mulheres já integram as Forças Armadas, representando aproximadamente 10% do efetivo total. A maior parte dessas militares atua nas áreas de saúde, ensino e logística, mas o novo processo abre portas para a atuação em campos de combate e outros setores operacionais.

A Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), o Colégio Naval e a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR) já possuem turmas mistas e contribuem para ampliar a presença feminina no segmento.

Perspectivas e Futuro

O Ministério da Defesa vê a iniciativa como um avanço significativo na inclusão e no fortalecimento da presença feminina nas Forças Armadas. A meta é que o alistamento voluntário feminino se torne permanente nos próximos anos, consolidando o papel das mulheres na defesa nacional.