A Advocacia-Geral da União (AGU) autorizou a realização de uma nova autópsia no corpo da brasileira Juliana Marins, encontrada sem vida em um vulcão na Indonésia. A decisão foi tomada após um pedido formal da família, que busca esclarecer as circunstâncias e a causa exata da morte da jovem.
Pedido da Família Leva à Autorização de Nova Autópsia
Em comunicado oficial, a AGU informou que o novo exame será conduzido no Rio de Janeiro, logo após a chegada do corpo ao Brasil. A Defensoria Pública da União (DPU) formalizou o pedido da nova autópsia, atendendo à solicitação dos familiares de Juliana Marins, que buscam respostas mais precisas sobre o que ocorreu.
Segundo a AGU, a certidão de óbito emitida pela Embaixada do Brasil em Jacarta teve como base a autópsia realizada pelas autoridades indonésias. Entretanto, o documento não apresentou informações consideradas conclusivas a respeito do momento exato do falecimento de Juliana Marins. Diante dessa incerteza, a família espera que o novo exame possa fornecer detalhes mais claros sobre a causa da morte.
Reunião Decisiva e Detalhes da Autópsia Inicial
Na tarde de hoje, representantes da AGU, da DPU e do estado do Rio de Janeiro se reuniram na 7ª Vara Federal de Niterói para tratar do caso. Essa vara é responsável por conduzir a demanda relacionada à morte de Juliana Marins.
A autópsia realizada na Indonésia apontou que Juliana Marins faleceu entre 12 e 24 horas antes da chegada do corpo ao serviço legista. A causa da morte foi identificada como hemorragia, resultante de um trauma contundente. Apesar dessas informações, a família considera essencial a realização de uma nova autópsia no Brasil, a fim de obter uma análise mais aprofundada e independente.
Traslado do Corpo e Circunstâncias da Morte
O voo que transporta o corpo de Juliana Marins tem previsão de pouso para as 17h15 no Terminal 3 do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. A informação foi divulgada pela companhia aérea Emirates, responsável pelo traslado. Posteriormente, o corpo será levado ao Rio de Janeiro, onde será realizada a nova autópsia.
Juliana Marins sofreu uma queda enquanto fazia uma trilha na cratera do Monte Rinjani, um vulcão localizado na Indonésia. O acidente ocorreu na manhã do sábado, 21 de junho. As equipes de resgate iniciaram as buscas e, na segunda-feira (23), localizaram a brasileira com a ajuda de um drone térmico. Naquele momento, ela ainda estava viva. No entanto, o socorrista só conseguiu chegar até Juliana no dia seguinte (24), quando ela já havia falecido. A retirada do corpo foi realizada apenas no dia 25.
Homenagens Póstumas
Em homenagem à memória de Juliana Marins, um mirante e uma trilha localizados em Niterói receberão o nome da brasileira. A iniciativa busca perpetuar o legado de Juliana e sua paixão pela natureza e pelas atividades ao ar livre.