Por lei, o usuário do sistema de saneamento da Caesb é proibido de lançar água de chuva nas tubulações de esgoto, seja ela proveniente de telhados, calhas, bicas, terraços, pátios ou áreas livres
É chegada a época das chuvas, e os cuidados com as redes coletoras de esgoto precisam ser retomados. A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) lembra a todos os usuários do sistema de esgoto a necessidade de direcionar as águas das chuvas somente para as galerias de águas pluviais ou lançá-las na via pública. As redes de esgoto são dimensionadas para receber apenas o efluente doméstico.
Por lei, o usuário do sistema de saneamento da Caesb é proibido de lançar água de chuva nas tubulações de esgoto, seja ela proveniente de telhados, calhas, bicas, terraços, pátios ou áreas livres. Tal lançamento é considerado uma ligação irregular por comprometer a rede coletora e causar danos à saúde da população e ao meio ambiente.
Quando a quantidade de água ultrapassa a capacidade das tubulações, elas podem romper, causando o extravasamento em poços de visita (destinados exclusivamente às equipes de manutenção da Caesb) ou o indesejado retorno do esgoto aos imóveis, por meio de vasos sanitários ou ralos. Portanto, nem a rede e nem os poços de visita podem receber lixo ou água pluvial.
“Não devemos descartar óleo de cozinha, papel higiênico, preservativos, cotonetes ou qualquer outro material sólido nas pias, ralos e vasos sanitários, para evitar que o esgoto e o mau cheiro retornem ao imóvel”
Daniele Pereira do Couto Gama, coordenadora de Fiscalização e Orientação Hidrossanitária da Caesb
A Caesb reforça que todo e qualquer resíduo despejado irregularmente na rede pode causar o seu entupimento e a necessidade de atuação das equipes de manutenção.
Nesses casos, a Caesb precisa utilizar um caminhão equipado com hidrojato para eliminar os objetos ou materiais que causam o transbordamento das tubulações. Frequentemente, além de entulho de obra. são localizados restos de areia, metais, vidro, madeira, pano, lixo, gordura, asfalto, cera e estopa, que causam a obstrução da rede coletora e danificam as estações de tratamento de esgoto.
Segundo a coordenadora de Fiscalização e Orientação Hidrossanitária da Caesb, Daniele Pereira do Couto Gama, cuidados simples podem ser tomados para evitar danos às redes. “Não devemos descartar óleo de cozinha, papel higiênico, preservativos, cotonetes ou qualquer outro material sólido nas pias, ralos e vasos sanitários, para evitar que o esgoto e o mau cheiro retornem ao imóvel”, explica.
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Atualmente, a Caesb atende 91,77% da população com coleta de esgoto e trata 100% do esgoto coletado em 15 estações de tratamento (ETEs) no DF e na ETE Águas Lindas, em Goiás. Para atingir tal índice, a companhia possui 7.665 km de redes distribuídas por todo o Distrito Federal, e investe na conscientização da população para o uso adequado das redes de esgoto.
Para verificar se não está ocorrendo o lançamento de água da chuva na rede de esgoto, jogue um pouco de corante (anilina) no ralo do quintal de seu imóvel. Se a água colorida chegar até a boca de lobo, significa que a ligação está correta. Sempre procure um profissional de confiança para regularizar as instalações hidráulicas.
Cuidados com a rede de esgoto
– Mantenha limpa a caixa de gordura, pois ela retém óleos, gorduras e restos de comida, protegendo a rede de esgotos. Faça a limpeza periódica do local.
– Troque o óleo do carro somente nos postos de combustíveis, que dispõem de caixas para separar o óleo do esgoto.
– A água das máquinas de lavar louças é considerada esgoto e deve, portanto, ser descartada na rede adequada, jamais na caixa de gordura ou em via pública.
*Com informações da Caesb
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