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DF registra aumento de 15% nos atendimentos de Saúde Mental e Atenção Psicossocial

O Distrito Federal viu um crescimento de 15% na produção ambulatorial psicossocial, totalizando mais de 145 mil procedimentos de maio a agosto deste ano. Os dados, apresentados na CLDF via RDQA do 2º quadrimestre de 2025, refletem a reestruturação da gestão pela recém-criada Subsecretaria de Saúde Mental.
Aumento atendimento saúde mental DF

O Distrito Federal (DF) experimentou um salto significativo no cuidado oferecido à população que necessita de atenção psicossocial. Dados oficiais recém-divulgados revelam que a produção ambulatorial do setor cresceu 15% no período de maio a agosto deste ano, um indicador robusto da eficácia das recentes mudanças administrativas implementadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF).

Neste intervalo de quatro meses, o sistema de saúde registrou a realização de mais de 145 mil procedimentos dedicados à Atenção Psicossocial. É notável que quase a totalidade desses serviços (99%) foram executados pelos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), os pilares da rede, enquanto o 1% restante foi distribuído entre outros serviços de saúde mental da capital. Este volume impressionante de trabalho consolida os Caps como pontos focais essenciais para o suporte psicológico e psiquiátrico no DF.

Os números detalhados constam no Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior (RDQA) referente ao 2º quadrimestre de 2025, um documento que foi oficialmente apresentado e discutido na última quinta-feira (4) perante a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). A análise minuciosa desses dados permite aos gestores e legisladores compreenderem a real demanda e a capacidade de resposta da Rede de Atenção Psicossocial (Raps).

A Reestruturação por Trás do Crescimento

O expressivo aumento atendimento saúde mental DF não é visto como um evento isolado, mas sim como um resultado direto da reestruturação na esfera da gestão. Segundo Fernanda Falcomer, subsecretária de Saúde Mental, a nova estrutura administrativa foi fundamental para impulsionar a capacidade de serviço. A unidade de Saúde Mental, que agora possui status de Subsecretaria, foi estabelecida no início de janeiro de 2025 pelo GDF, marcando um compromisso renovado com a pauta e criando um ambiente propício para a expansão do serviço.

A criação da Subsecretaria permitiu uma alocação de recursos e um foco estratégico mais precisos. Um exemplo claro é a instituição de uma gerência dedicada exclusivamente ao fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial (Raps). Este grupo estratégico é o motor que fomenta e executa as ações cruciais de matriciamento, garantindo que o cuidado especializado chegue de forma mais eficiente à Atenção Primária à Saúde (APS).

O Papel Estratégico do Apoio Matriciamento

O matriciamento, ou apoio matricial, representa uma estratégia moderna e altamente eficaz que busca qualificar a integração entre os diversos níveis de serviços de saúde. Seu princípio fundamental é transformar o fluxo de atendimento. Em vez de simplesmente encaminhar um paciente da Atenção Primária para o especialista — um processo que historicamente gerava longas filas e rupturas no cuidado —, as equipes do CAPS (especializadas) e da APS (generalistas) trabalham de maneira colaborativa.

Essa integração resulta na criação de propostas de intervenção compartilhadas, onde a responsabilidade pelo tratamento é corresponsável. O apoio matricial capacita as equipes de saúde da família a lidarem com questões de saúde mental de baixa e média complexidade em seu próprio território, reservando os atendimentos de alta complexidade para os Caps. Esta abordagem não só melhora a continuidade do cuidado, como também otimiza o uso dos recursos especializados, sendo o principal fator que justifica o expressivo aumento atendimento saúde mental DF nos últimos meses. A meta do GDF é continuar expandindo essa integração, garantindo que o paciente receba o suporte necessário no momento e local adequados, solidificando o DF como referência em políticas públicas de saúde mental.