Edição Brasília

Lula troca de avião no Pará por falha em motor e risco de fogo

Presidente Lula trocou de aeronave em Belém (PA) na manhã de quinta-feira (2) devido a uma falha no motor da FAB com risco de incêndio, antes de voo para o Marajó.
Lula avião falha motor
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisou realizar uma troca inesperada de aeronave em Belém, no Pará, na manhã da última quinta-feira (2). Antes de seguir viagem para a Ilha do Marajó, o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que transportava a comitiva presidencial apresentou uma falha crítica no motor, gerando um risco iminente de incêndio ainda em solo. Diante da situação, a aeronave modelo Casa foi prontamente substituída por outra, garantindo a segurança de todos a bordo e a continuidade da agenda.

Incidente em Solo: Relato e Reações Presidenciais

O episódio de falha mecânica ocorreu no aeroporto de Belém, momentos antes da decolagem rumo ao arquipélago do Marajó. O chefe de Estado relatou o susto em entrevista à TV Liberal, expressando profundo alívio pelo problema ter se manifestado enquanto o avião ainda estava em terra. “Eu só tinha que agradecer a Deus porque podia ter tido um problema quando eu estivesse no ar e teve quando eu estava em terra”, afirmou o presidente, ressaltando a gravidade do cenário caso o incidente ocorresse em pleno voo. De fato, a detecção precoce evitou um cenário potencialmente perigoso para a comitiva.

Conforme detalhou o próprio presidente, a equipe precisou desembarcar rapidamente da aeronave devido ao “risco de o avião pegar o fogo”. Posteriormente, um avião modelo Brasília foi mobilizado para transportar a delegação até a Ilha do Marajó, permitindo que a agenda fosse cumprida sem maiores atrasos. Ademais, após o incidente e antes de seguir viagem, o presidente aproveitou para fazer uma visita ao santuário de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém, como um gesto de gratidão e reflexão sobre o ocorrido.

Confirmação Oficial e Protocolos de Segurança da FAB

Em nota oficial, o Palácio do Planalto confirmou o incidente e a subsequente troca de aeronaves. A comunicação ressaltou que a falha técnica-operacional foi identificada ainda em solo, durante os procedimentos de acionamento dos motores da aeronave. Em seguida, seguindo rigorosos protocolos de segurança estabelecidos para missões presidenciais, a Força Aérea Brasileira optou por acionar uma aeronave reserva, que está sempre disponível para tais situações. Essa medida preventiva sublinha a prioridade dada à segurança do presidente e sua equipe em todas as etapas das viagens oficiais.

A prontidão da FAB em dispor de uma aeronave reserva para este tipo de missão é uma prática padrão. Além disso, a rápida resposta da equipe de bordo e de solo foi fundamental para gerenciar a situação de forma eficaz, minimizando os riscos e garantindo que o itinerário presidencial pudesse prosseguir. Portanto, a decisão de trocar de avião foi uma aplicação direta e necessária dos procedimentos de segurança para garantir a integridade de todos os envolvidos, demonstrando a seriedade com que tais protocolos são observados.

Histórico de Incidentes com Aeronaves Presidenciais

Este não é o primeiro episódio em que o presidente Lula se depara com problemas técnicos em aeronaves. Em outubro do ano passado, por exemplo, o avião presidencial VC-1, também conhecido como “Aerolula”, enfrentou uma falha técnica significativa após decolar de um aeroporto no México. Naquela ocasião, a aeronave precisou permanecer no ar por aproximadamente cinco horas, circulando para despejar combustível e garantir um pouso seguro. Esse incidente anterior, assim como o recente em Belém, evidencia a complexidade e os desafios inerentes à manutenção e operação de frotas aéreas, mesmo as de uso exclusivo presidencial.

De fato, a recorrência de tais falhas técnicas em diferentes aeronaves e contextos levanta discussões sobre a rigorosidade das inspeções e a modernização da frota. Contudo, em todas as situações, a prioridade máxima é a segurança do presidente e da comitiva, o que leva à implementação imediata de protocolos de contingência. Em suma, o recente incidente em Belém reforça a importância dos procedimentos de emergência e da disponibilidade de recursos alternativos para garantir a continuidade das atividades presidenciais com o máximo de segurança possível.