Edição Brasília

Preso em Sorocaba fornecedor de bloqueadores de sinal para facções do Rio

Átila Carlai da Luz, um dos maiores fornecedores de bloqueadores de sinal para facções criminosas do Rio, foi preso neste sábado (13) em Sorocaba (SP) por policiais civis.
Fornecedor bloqueadores preso
Foto: Sinpol/DF

Um indivíduo apontado como um dos principais fornecedores de bloqueadores de sinal para grupos criminosos do Rio de Janeiro, identificado como Átila Carlai da Luz, foi detido no último sábado (13) em Sorocaba, São Paulo. A prisão, efetuada por policiais civis, representa um golpe significativo contra a infraestrutura tecnológica utilizada por facções para facilitar atividades ilícitas e evadir a fiscalização das autoridades. Com efeito, a operação demonstra a capacidade das forças de segurança em desarticular complexas redes de apoio ao crime organizado.

A ação conjunta envolveu policiais civis do Rio de Janeiro, que contaram com o crucial apoio da Polícia Civil de São Paulo. De fato, a detenção ocorreu em um condomínio de alto padrão localizado na região metropolitana paulista. Antes da prisão, intensos trabalhos de inteligência conduzidos pela corporação fluminense permitiram identificar Átila Carlai da Luz como uma peça-chave na distribuição desses equipamentos.

Conhecidos popularmente como “jammers”, esses aparelhos são projetados para bloquear sinais de comunicação, incluindo celulares, drones e sistemas de GPS. Consequentemente, as organizações criminosas os empregam para neutralizar a comunicação das forças de segurança, bem como para executar uma série de delitos com menor risco de detecção. Posteriormente, com a autorização judicial em mãos, as equipes realizaram um mandado de busca e apreensão no endereço do suspeito. No local, foram descobertos tanto dispositivos prontos para uso imediato quanto outros em processo de montagem. Átila da Luz foi, então, autuado e preso em flagrante pelas autoridades paulistas.

Histórico Criminal do Suspeito

Adicionalmente, o histórico de Átila Carlai da Luz revela um padrão de envolvimento em atividades criminosas complexas. A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que ele já havia sido condenado em duas ocasiões distintas por fraudes praticadas contra caixas eletrônicos bancários. Atualmente, inclusive, ele enfrenta um terceiro processo judicial referente ao mesmo tipo de crime. Por outro lado, em São Paulo, o prontuário de Átila é ainda mais extenso, incluindo uma condenação notável.

Mais especificamente, ele recebeu uma sentença de 32 anos de prisão por tráfico internacional de drogas. Esta condenação estava diretamente ligada a um esquema milionário que consistia no envio de grandes volumes de cocaína para a Europa. Para tanto, o Aeroporto de Guarulhos era utilizado como ponto estratégico de partida para os entorpecentes.

A complexidade da operação de tráfico era notável. Para garantir o despacho das cargas ilícitas, Átila Carlai da Luz orquestrava uma vasta rede de funcionários e colaboradores corruptos. Esses indivíduos, que trabalhavam em posições estratégicas, recebiam quantias de até 500 vezes superiores aos seus salários habituais. Em suma, esse investimento garantia a eficiência da logística, assegurando que a droga chegasse sem intercorrências a Portugal. Uma vez em solo europeu, as substâncias eram recepcionadas por cúmplices da quadrilha e, subsequentemente, distribuídas e revendidas no lucrativo mercado do continente. A prisão, portanto, desarticula não apenas a cadeia de fornecimento de bloqueadores, mas também expõe um criminoso com um longo e grave passado.

Dessa forma, a captura de Átila Carlai da Luz representa um avanço crucial no combate ao crime organizado, atingindo tanto a infraestrutura tecnológica quanto as redes de tráfico que ele sustentava. A cooperação entre as polícias civis de Rio e São Paulo foi fundamental para o sucesso desta operação, demonstrando a importância da inteligência e da colaboração interinstitucional.

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