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Pesquisa: IA reduz estresse de 9 em cada 10 jovens em estudos

Nova pesquisa aponta que 9 em cada 10 jovens utilizam a Inteligência Artificial para reduzir o estresse durante os estudos. Eles veem a IA como ferramenta essencial de apoio e respostas rápidas em avaliações.
IA reduz estresse jovens
Foto: Arte/Agência Brasil

Uma recente investigação revela que a Inteligência Artificial (IA) desempenha um papel crucial na redução do estresse de nove em cada dez jovens durante seus períodos de estudo. Eles consideram a IA uma ferramenta de apoio indispensável, proporcionando respostas rápidas, especialmente em momentos de avaliações e entregas de projetos. Esta constatação emerge de um estudo conduzido pela Emy Education, uma plataforma especializada em inteligência artificial.

O Impacto da IA no Bem-Estar Acadêmico

A pesquisa da Emy Education demonstra que a grande maioria dos jovens, precisamente 90%, encontra na Inteligência Artificial um alívio para a pressão inerente aos estudos intensos, como épocas de exames e a conclusão de trabalhos individuais ou em grupo. Este dado ressalta a importância crescente da tecnologia no cotidiano acadêmico.

José Messias Jr., CEO e fundador da Emy, destacou a abrangência do uso da IA entre os estudantes. Ele afirmou que, nos últimos seis meses, praticamente 96% dos participantes do levantamento utilizaram a inteligência artificial para adquirir novos conhecimentos. Portanto, a ferramenta não serve apenas para diminuir o estresse, mas também para impulsionar o aprendizado.

Expectativas dos Jovens em Relação à IA na Educação

Ao questionar os jovens sobre o principal papel da IA em seu processo de aprendizagem, as respostas foram claras. Quase 87% (86,8%, para ser exato) indicaram que a inteligência artificial deve funcionar como uma “ferramenta de apoio e respostas rápidas”. Essa preferência sublinha a busca por eficiência e agilidade no acesso à informação.

Além disso, outras expectativas significativas foram manifestadas. Uma parcela considerável dos entrevistados almeja uma IA que atue como um “mentor personalizado”, capaz de oferecer orientação sob medida. Outros, por outro lado, veem na tecnologia uma aliada para “automatizar tarefas repetitivas”, liberando tempo para atividades mais complexas e criativas. Assim, observa-se uma demanda por diversas funcionalidades que transcendem a simples consulta.

Obstáculos e Preocupações na Utilização da IA

Apesar do entusiasmo generalizado, a pesquisa também revelou desafios que impedem um uso mais frequente da IA. Em primeiro lugar, o maior receio, apontado por quase 60% dos jovens, é o “medo de receber respostas erradas ou muito distorcidas”. Essa preocupação evidencia a necessidade de maior confiabilidade e curadoria das informações fornecidas pelas IAs.

Consequentemente, outro fator de inibição, mencionado por 35% dos respondentes, é a “falta de contexto e personalização das respostas”. Isso sugere que, embora a IA seja vista como uma fonte de informação rápida, há um desejo por soluções mais adaptadas e compreensivas que se integrem melhor ao processo individual de cada estudante. Desse modo, a customização torna-se um aspecto crucial para a aceitação plena da tecnologia.

Metodologia e Perfil dos Entrevistados

O estudo foi realizado durante um período de seis meses, estendendo-se de março até o final de agosto do ano corrente. Este intervalo abrangeu, inclusive, o final do primeiro semestre letivo, uma fase conhecida pela intensa carga de estudos e avaliações. Para a coleta de dados, foram ouvidos individualmente mais de 500 jovens, com idades que variam entre 16 e 24 anos, todos cursando o ensino médio ou superior.

Ao analisar o perfil educacional dos participantes, a pesquisa apontou que a maior parte dos estudantes do ensino médio provém da rede pública. Por outro lado, entre os universitários, quase 85% estavam matriculados em instituições privadas. No que diz respeito ao perfil socioeconômico, cerca de 32% dos respondentes integram famílias com renda mensal inferior a R$ 3.500, o que os classifica na classe D, segundo o IBGE. Posteriormente, estudantes com renda familiar de até R$ 8.000 mensais representaram 31,40% do total. Curiosamente, o grupo de renda mais elevada, com ganhos familiares superiores a R$ 25 mil por mês, teve um engajamento significativamente menor, correspondendo a apenas 1,60% das respostas.

A IA como Aliada dos Nativos Digitais

Em conclusão, a pesquisa da Emy Education ilumina uma faceta pouco explorada no debate público sobre a Inteligência Artificial. José Messias Jr. enfatizou que “nossa pesquisa revela uma dimensão ainda pouco explorada no debate público. Basicamente, os jovens nativos digitais conseguem lidar com a IA sem preterir dos professores ou mesmo de outras mídias em seu processo de estudo”.

Portanto, a IA não é vista como um substituto, mas sim como um complemento valioso. Esta geração, crescida em um ambiente digital, demonstra uma capacidade notável de integrar a inteligência artificial em suas rotinas de aprendizado, utilizando-a para reduzir o estresse e aprimorar a eficácia dos estudos, sem, contudo, desconsiderar o papel fundamental dos educadores e outras fontes de conhecimento.

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