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Corpo de Juliana Marins chega ao Rio após trâmites na Indonésia

Após trâmites, corpo da turista que morreu em trilha na Indonésia chega ao Rio na quarta. Família busca nova autópsia no Brasil.
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Foto: resgatejulianamarins/Instagram

Após a conclusão dos trâmites necessários, o corpo da turista brasileira Juliana Marins, que faleceu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, chegou ao Rio de Janeiro nesta quarta-feira (2). A família agora busca realizar uma nova autópsia no Brasil, a fim de esclarecer as circunstâncias da morte.

Logística do translado é finalmente concluída

O voo da Emirates, que transportou o corpo de Juliana, decolou da Indonésia na terça-feira (1º), fazendo uma escala em Dubai antes de seguir para o Rio de Janeiro. A aeronave pousou no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro às 15h50 desta quarta-feira (2), trazendo um fim à espera angustiante da família.

A companhia aérea Emirates emitiu uma nota explicando os desafios logísticos enfrentados no transporte do corpo. “A companhia aérea priorizou a coordenação com as autoridades relevantes e outras partes envolvidas na Indonésia para facilitar o transporte, no entanto, restrições operacionais tornaram inviáveis os preparativos anteriores”, esclareceu a empresa. Além disso, a Emirates expressou suas condolências à família neste momento de luto.

Críticas familiares e resolução

No domingo (29), a família de Juliana havia manifestado sua insatisfação com a Emirates por meio das redes sociais, devido à falta de confirmação do voo que traria a brasileira de volta ao Brasil. De acordo com os familiares, o retorno do corpo estava inicialmente confirmado, porém, de forma inesperada, o espaço no bagageiro da aeronave teria se tornado insuficiente. A manifestação foi feita através do perfil “Resgate Juliana Marins”, criado e mantido pela família para acompanhar o caso.

Entretanto, após a resolução dos problemas logísticos, a Emirates comunicou à família a confirmação das providências, atenuando a apreensão e permitindo que o translado fosse realizado.

Detalhes sobre o acidente no Monte Rinjani

Juliana sofreu o acidente fatal na manhã do dia 21 de junho, enquanto realizava uma trilha na cratera do Monte Rinjani. Após a queda, ela aguardou resgate por alguns dias. Infelizmente, quando a equipe de resgate finalmente conseguiu chegar à sua localização, constataram que a turista brasileira já havia falecido.

O corpo de Juliana foi resgatado no dia seguinte. A autópsia realizada por legistas da Indonésia concluiu que a causa da morte foi hemorragia decorrente de traumas contundentes, ocorridos entre 12 e 24 horas antes da chegada do corpo ao hospital.

Nova autópsia solicitada no Brasil

A família de Juliana, buscando esclarecer todos os aspectos da morte, informou que a Defensoria Pública da União (DPU) solicitou à Justiça Federal a realização de uma nova autópsia após a chegada do corpo ao Brasil. A expectativa é que o exame complementar possa fornecer informações adicionais sobre as circunstâncias do falecimento e contribuir para o entendimento completo do caso.

A morte trágica de Juliana Marins gerou comoção e levanta questionamentos sobre a segurança em trilhas e a necessidade de suporte adequado a turistas em áreas remotas. A família espera que a nova autópsia possa trazer respostas e auxiliar no processo de luto.