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Brasil: Economia cresce 1,3% no 1º trimestre

**Economia brasileira cresce 1,3% no 1º trimestre de 2025, segundo o Banco Central.** O IBC-Br indica aumento na atividade econômica em relação ao trimestre anterior, com crescimento também em comparação ao mesmo período de 2024.
Crescimento econômico Brasil 2025
Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

O Banco Central (BC) divulgou nesta segunda-feira (19) dados animadores sobre a economia brasileira no primeiro trimestre de 2025. O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), um importante indicador da performance econômica nacional, registrou um crescimento de 1,3% em relação ao trimestre anterior (outubro a dezembro de 2024), considerando dados dessazonalizados.

Crescimento Econômico no Primeiro Trimestre

Comparando com o mesmo período de 2024, o crescimento foi ainda mais expressivo, atingindo 3,7%. Esse aumento demonstra uma tendência positiva na atividade econômica do país. Além disso, a análise mês a mês revela um crescimento de 0,8% no IBC-Br em março em relação a fevereiro do mesmo ano. Em comparação com março de 2024, o índice registrou um crescimento de 3,5%.

Em termos acumulados, o ano de 2025 começou com um crescimento de 3,7% no IBC-Br. Considerando um período de 12 meses, o índice indica um aumento de 4,2%, consolidando uma trajetória de crescimento econômico.

Implicações para a Política Monetária

O IBC-Br desempenha um papel crucial na formulação da política monetária brasileira. Ele fornece informações relevantes ao Comitê de Política Monetária (Copom) do BC para a tomada de decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 14,75% ao ano. O índice considera a atividade econômica em diversos setores, incluindo indústria, comércio, serviços, agropecuária e arrecadação de impostos.

A Selic, principal ferramenta do BC para controlar a inflação, influencia diretamente a economia. Aumentos na Selic visam conter a demanda aquecida e, consequentemente, os preços, através do encarecimento do crédito e estímulo à poupança. Entretanto, taxas de juros elevadas também podem frear o crescimento econômico. Por outro lado, a redução da Selic tende a baratear o crédito, incentivando a produção e o consumo, embora com menor controle inflacionário.

Cenário Inflacionário e Perspectivas

No mês de abril de 2025, a inflação oficial, medida pelo IPCA, fechou em 0,43%, desacelerando pelo segundo mês consecutivo. O aumento dos preços de alimentos e produtos farmacêuticos foram os principais fatores de pressão inflacionária. Apesar da desaceleração, o IPCA acumulado em 12 meses alcançou 5,53%.

Em resposta à inflação e às incertezas da economia global, o Copom aumentou a Selic em 0,5 ponto percentual em sua última reunião, marcando o sexto aumento consecutivo. No entanto, o comunicado do Copom apontou a manutenção de um cenário de incerteza e a necessidade de cautela em decisões futuras, tanto sobre eventuais aumentos quanto sobre o período em que a Selic permanecerá em 14,75% ao ano.

IBC-Br e PIB: Diferenças e Importância

É importante ressaltar a diferença entre o IBC-Br e o Produto Interno Bruto (PIB). Enquanto o IBC-Br, divulgado mensalmente, é uma medida da atividade econômica utilizada para auxiliar na formulação da política monetária, o PIB, divulgado pelo IBGE, representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país e é considerado o indicador oficial de crescimento econômico. Apesar de não ser uma prévia exata do PIB, o IBC-Br contribui significativamente para a estratégia de política monetária nacional.

Vale lembrar que a economia brasileira cresceu 3,4% em 2024, representando a maior expansão desde 2021 e o quarto ano consecutivo de crescimento. Este crescimento anterior cria um contexto positivo para a análise dos dados atuais do primeiro trimestre de 2025, embora seja necessário acompanhar os indicadores econômicos com atenção para uma avaliação completa da situação.