Edição Brasília

Xi Jinping e Lula defendem livre comércio e fortalecem papel do sul global em reunião na China

Reunião entre Lula e Xi Jinping reforça cooperação internacional e aposta em acordos bilaterais como caminho para equilíbrio econômico global.
Brasil e China firmam acordos e defendem multilateralismo em encontro estratégico
Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

Parceria estratégica avança em meio a cenário global desafiador

Na terça-feira (13), os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping se reuniram no Grande Palácio do Povo, em Pequim. O encontro foi marcado por simbolismo e pragmatismo, pois acontece logo após a trégua comercial anunciada entre Estados Unidos e China.

Além de reforçar os laços diplomáticos, os líderes de Brasil e China destacaram a necessidade de união entre países emergentes. A reunião também abriu espaço para novos acordos de cooperação econômica, com foco em setores estratégicos.

Xi Jinping defende papel do sul global e critica unilateralismo

Durante seu discurso, Xi Jinping enfatizou o crescimento das nações em desenvolvimento no cenário internacional. Segundo ele, o sul global já representa uma força vital contra práticas como o unilateralismo e o protecionismo.

Além disso, o presidente chinês ressaltou que o mundo enfrenta desafios, mas também vive uma transição. “O sul global está se expandindo e, portanto, deve ocupar um espaço central no novo equilíbrio mundial”, afirmou Xi.

Lula e Xi demonstram alinhamento ao defender o livre comércio

Lula reforçou o compromisso do Brasil com o multilateralismo e destacou que disputas tarifárias apenas enfraquecem a economia global. Xi concordou e foi direto: “Ninguém sai ganhando das guerras tarifárias”.

Enquanto isso, os dois líderes firmaram um compromisso de manter o diálogo constante e trabalhar em conjunto por um comércio internacional mais justo e inclusivo. Para ambos, a cooperação é o caminho mais eficaz diante de um cenário global instável.

Trégua entre EUA e China impulsiona retomada do diálogo global

No domingo anterior (11), Estados Unidos e China anunciaram a suspensão temporária de tarifas sobre produtos importados. As alíquotas, antes elevadas, serão reduzidas de forma significativa nos próximos 90 dias.

Portanto, o gesto abriu espaço para que outras nações também buscassem soluções diplomáticas. A reunião entre Brasil e China surgiu como uma resposta proativa, promovendo estabilidade em um contexto de incerteza econômica.

Novos acordos sinalizam integração mais profunda

Durante o encontro, os dois países anunciaram a assinatura de acordos bilaterais, incluindo um novo pacto de swap de moedas. Essa medida permitirá maior autonomia nas transações comerciais e reduzirá a dependência do dólar.

Além disso, os acordos envolvem setores como infraestrutura, energia, inovação tecnológica e agricultura. Segundo Lula, tais parcerias são fundamentais para garantir o crescimento sustentável e reduzir desigualdades globais.

Cooperação é o alicerce de uma nova ordem global

A reunião entre Lula e Xi Jinping representa mais do que um gesto diplomático. Ela simboliza a construção de um modelo de governança mais equilibrado, baseado em cooperação, respeito e diálogo.

Com isso, Brasil e China demonstram que é possível alinhar interesses, superar tensões comerciais e promover o desenvolvimento conjunto. O encontro fortalece a posição dos países emergentes no palco global e inaugura uma nova fase nas relações internacionais.