Edição Brasília

Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional inicia temporada 2025 com casa cheia

Apresentação marcou a volta oficial da OSTNCS à Sala Martins Pena, após mais de uma década de espera
Cláudio Cohen
Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília

A Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) abriu oficialmente sua temporada 2025 nesta quinta-feira (6), em um espetáculo emocionante na Sala Martins Pena, no coração de Brasília. O concerto, que marcou o retorno do grupo ao seu palco original após 11 anos, teve casa cheia e celebrou a conclusão da primeira fase da reforma do Teatro Nacional Claudio Santoro.

O evento gratuito atraiu uma grande fila de espectadores, ansiosos por presenciar a volta da orquestra ao seu espaço tradicional. Os ingressos se esgotaram rapidamente, refletindo o entusiasmo da população com a reabertura do teatro.

Retorno ao palco original após 11 anos

A emoção tomou conta do maestro Claudio Cohen, que expressou a alegria do grupo ao retomar as apresentações na sala restaurada.

“É uma sensação incrível voltar depois de tanto tempo. Foram 11 temporadas longe da nossa casa. Agora, com a reforma, conseguimos perceber a qualidade acústica aprimorada, o que vai permitir à orquestra desenvolver seu trabalho com ainda mais excelência”, destacou o maestro.

A apresentação de abertura contou com composições do alemão Robert Schumann e a participação especial da pianista russa Anastasiya Evsina, descrita pelo maestro como uma artista “virtuosa”.

Orquestra Sinfônica: um patrimônio da cidade

Durante o período em que o Teatro Nacional permaneceu fechado, a Orquestra Sinfônica se apresentou em diferentes locais de Brasília, como o Cine Brasília, o Quartel do Exército e a Sala Plínio Marcos. Para o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, o retorno ao palco original fortalece o vínculo da OSTNCS com a população.

“A Orquestra é um patrimônio da cidade e agora volta para o seu espaço legítimo. Muitas pessoas que a acompanharam durante esses anos nunca tinham estado no Teatro Nacional e agora têm essa oportunidade”, destacou Abrantes.

Os espectadores que acompanharam o espetáculo demonstraram entusiasmo e emoção. A artesã Whang Pontes celebrou o momento:

“Esperamos por tanto tempo para ter esse patrimônio de volta. É um presente para a cidade”.

O advogado João Erismar de Moura, por sua vez, relembrou sua conexão com o local desde a infância.

“O Teatro Nacional faz parte da minha história. Assim que vi a notícia da reabertura, decidi vir e reviver essa experiência”.

Investimentos e futuro do Teatro Nacional

A restauração do Teatro Nacional Claudio Santoro começou em dezembro de 2022 e foi viabilizada por meio de um planejamento dividido em quatro etapas. A primeira fase, que incluiu a reforma da Sala Martins Pena, recebeu um investimento de R$ 70 milhões, com recursos da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF.

Agora, a próxima fase da obra já está em andamento, com R$ 315 milhões destinados à reforma da Sala Villa-Lobos, do Espaço Dercy Gonçalves, da Sala Alberto Nepomuceno e do foyer da Villa-Lobos.

A reinauguração da Sala Martins Pena foi celebrada com o festival Viva o Teatro, que trouxe diversas atrações culturais, incluindo apresentações exclusivas da Orquestra Sinfônica, além de shows de Almir Sater, Plebe Rude e espetáculos teatrais.

Com o retorno definitivo da OSTNCS ao Teatro Nacional, os concertos gratuitos seguirão ocorrendo semanalmente, sempre às quintas-feiras, com distribuição de ingressos uma hora antes do espetáculo.

Conclusão

A reabertura da Sala Martins Pena e o retorno da Orquestra Sinfônica marcam uma nova fase para a cultura em Brasília. O espaço, que ficou mais de uma década fechado, volta a receber o público e promete fortalecer o cenário artístico local. Com novos investimentos, a expectativa é de que o Teatro Nacional Claudio Santoro seja, em breve, completamente restaurado e se consolide como um dos principais centros culturais do país.