Avanço nas obras
As obras do Teatro Nacional Claudio Santoro, em Brasília, entram na fase de testes e vistorias, marcando um importante passo para a reabertura da Sala Martins Pena. Com estrutura e acabamentos praticamente concluídos, os próximos dias serão dedicados a ajustes finais e avaliações técnicas, essenciais para garantir a segurança e a funcionalidade do espaço.
“A obra está praticamente finalizada. Estamos nos acabamentos finais e esses próximos dias serão de ajustes finos e início da temporada de testes”, afirmou Felipe Ramón, subsecretário de Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF).
Fase de testes e vistorias
Os equipamentos instalados durante a primeira etapa serão testados, incluindo sistemas acústicos, ar-condicionado, ventilação e elevadores. A limpeza de dutos e tubos do ar-condicionado será realizada, enquanto os elevadores, fundamentais para a acessibilidade, passarão por rigorosos testes de funcionamento.
Além disso, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) fará inspeções para garantir o cumprimento das normas de segurança. “Já tivemos uma visita prévia e estamos preparados para a vistoria final. Todos os equipamentos instalados atendem aos requisitos do projeto”, explicou Carlos Spies, diretor de Planejamento e Projetos da Novacap.
Histórico e investimento
Fechado desde 2014, o Teatro Nacional acumulava mais de 100 irregularidades apontadas pelo CBMDF e pelo Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT). O retorno das atividades se tornou viável após o Governo do Distrito Federal (GDF) fracionar o projeto de restauração em quatro etapas.
Iniciada em dezembro de 2022, a primeira etapa recebeu investimento de R$ 70 milhões, sob responsabilidade da Novacap e da Secec-DF. Esta fase focou na adequação da infraestrutura e na recuperação da Sala Martins Pena e seu foyer. Próximas etapas contemplarão as salas Villa-Lobos e Alberto Nepomuceno, o Espaço Dercy Gonçalves e o anexo.
Preservação e modernidade
A obra alia modernização à preservação da originalidade. Materiais inflamáveis foram substituídos por antichamas, enquanto poltronas e camarins mantiveram o design e a coloração originais, respeitando o legado arquitetônico.
“Essas adequações garantem não apenas a segurança do público e dos artistas, mas também preservam a história e a identidade do espaço”, destacou Felipe Ramón.
Reabertura e impacto cultural
A reabertura da Sala Martins Pena promete reaquecer a cena cultural do Distrito Federal, fortalecendo Brasília como um dos polos artísticos do país. O espaço é aguardado com entusiasmo pela comunidade artística e pela população.
“Este projeto não apenas revitaliza um patrimônio, mas também reafirma o compromisso do GDF com a cultura e a história de Brasília”, concluiu Ramón.