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Hospital de Base inaugura tecnologia de ponta para tratar cálculos renais

Novo equipamento oferece tratamento não invasivo e aumenta a capacidade de atendimento no Distrito Federal, reduzindo filas e otimizando recursos hospitalares.
Aparelho para tratamento de cácculos renais
Foto: Divulgação/IgesDF

Avanço tecnológico no combate a cálculos renais

O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) inaugurou nesta quinta-feira (21) o equipamento de litotripsia extracorpórea por ondas de choque (Leco), uma tecnologia avançada que permite tratar cálculos renais e ureterais de forma não invasiva. Com investimento de R$ 3 milhões, o aparelho utiliza ondas de choque para fragmentar as pedras nos rins, dispensando procedimentos cirúrgicos tradicionais.

O equipamento é indicado principalmente para cálculos de até 2 centímetros que causem dor ou desconforto, oferecendo uma alternativa menos invasiva e mais segura para pacientes com contraindicações cirúrgicas ou riscos de infecção e obstrução urinária.

Benefícios diretos para pacientes e o sistema de saúde

A nova tecnologia representa um marco na capacidade de assistência do HBDF. Segundo o superintendente do hospital, Guilherme Porfírio, o equipamento vai aumentar o número de procedimentos, reduzir o tempo de internação e otimizar o uso do centro cirúrgico.

“Com esse equipamento, vamos oferecer um tratamento minimamente invasivo, reduzindo o impacto nos leitos hospitalares e ampliando o acesso da população ao cuidado de qualidade”, afirmou Porfírio.

O aparelho foi adquirido com recursos de uma emenda parlamentar do deputado Fred Linhares, que destacou o impacto positivo da nova tecnologia. “Com essa máquina, poderemos realizar até oito procedimentos diários e reduzir drasticamente a fila de espera. É um grande ganho para Brasília e para o Entorno”, disse Linhares.

Funcionamento e benefícios do método

O Leco utiliza ondas de choque de alta energia geradas fora do corpo, que são focadas diretamente nos cálculos renais por meio de ultrassom ou raios-X. As ondas fragmentam as pedras em pedaços menores, que são eliminados naturalmente pela urina. O procedimento, que dura entre 30 e 60 minutos, é realizado com sedação em ambiente hospitalar.

O chefe do serviço de urologia do HBDF, Manuel Fernandes, explicou que o método é eficaz e seguro, reduzindo complicações e o tempo de recuperação. “Este equipamento representa uma alternativa eficiente em relação às técnicas tradicionais, proporcionando mais conforto aos pacientes e aliviando o sistema de saúde”, comentou.

Atendimento humanizado e organizado

Antes do tratamento, os pacientes passam por uma consulta para avaliação e esclarecimento sobre o procedimento. A fila de espera será gerenciada pela Central de Regulação da Secretaria de Saúde, e o equipamento entrará em funcionamento pleno a partir da primeira semana de dezembro.

A subsecretária de Atenção Integral à Saúde, Bianca Souza Lima, destacou os esforços da Secretaria de Saúde para implementar a tecnologia e beneficiar os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). “Estamos comprometidos em diminuir as filas e oferecer soluções modernas para os nossos pacientes”, afirmou.